Ensaio...

No alto de uma montanha existe um menino perdido, que vive a sombra de um frio, que insiste em bater em seu corpo pálido, mais ele não desiste de estar ali nesse destino que ele vive em seu próprio eixo não espaçado, mais acredita que um dia vai ser descoberto. Uma tarde cai diante de seus olhos nosso menino perdido acorda em si e vê que precisa comer alguma coisa, desce de sua montanha e começa a recolher as únicas frutas que sobraram dessa montanha que a cada novo dia se transforma nessa ilha perdida que habita nosso personagem, cansado dos mesmos brinquedos que ele criou para sobreviver, recolhe algumas folhas e tenta fazer um avião de papel, depois de muitas tentativas ele percebe que o tempo não deixou de ser seu próprio destino que seu aviãzinho não o levará a algum lugar, mais acredita que um dia vai sair desse mundo perdido. Cai à noite na montanha alguns animais começam a aparecer, dentre as arvores e nosso menino começa a subir para o topo de uma arvore mais alta da floresta a fim de se proteger, lá encontra alguns velhos amigos que viraram seus fiéis companheiros, um deles um beija-flor chamado Napoleão que se tornou uma espécie de confidente e parceiro de nosso amigo. A noite cai e depois de muitas escolhas nosso menino decide dormir na nossa fria montanha mais sem responder a mais nenhuma de suas perguntas ele fecha os olhos e alguns metros abaixo de seu corpo a noite não para de cantar, mais nosso menino respira sem querer acordar desse sono que parece ser sua fuga dessa floresta que não termina com sua esperança de um dia voltar para casa. A manhã acorda na nossa floresta que respira um novo horizonte, o tempo começa a fechar e nosso personagem percebe a importância de levantar e preparar um abrigo de folhas para tentar se proteger do mau tempo, começa a recolher algumas flores para servir de base na sua precária construção, depois de muito tempo a chuva começa a cair, e nosso menino se esconde dentre as flores, depois de uma hora de chuva a sua proteção provisória já não existe e nosso personagem começa a tentar achar um novo esconderijo, mais ele não consegue, pois a sua única saída é uma caverna ao sul da montanha, mais nela habitam duas famílias de lobos da costa sul e lá ele não pode dormir a não ser que queira virar jantar.

Depois de vinte minutos de caminhada nosso amigo anda pela floresta e acha alguns castelos que ele nunca havia visto na montanha que estava do lado norte, ele entra em uma das construções e começa a tirar estrelas que caíram do céu, de uma das estruturas, e ele percebe que a voz que ele sempre ouviu era uma velha estrela que o guiava a muito tempo, mais ele não sabia de onde vinha a voz que sempre o guiou, tateia uma a uma, e pega a sua voz que cuidou dele por muito tempo e coloca em seu ouvido, nesse instante uma coisa diferente acontece, e nosso personagem vê o que seus olhos não poderiam enxergar, e leva consigo sua principal fonte de comunicação que ele percebe ser sua fatia de vida que o ajuda a sobreviver em nossa ilha perdida, depois de muitas horas nosso personagem dorme e espera a chuva passar, depois de um dia e meio de chuva ele acorda seus olhos já não conseguem ver o que ele deixou para trás, ele segue para uma porta fria e começa a chorar pois encontra nela a sua esperança a porta de um portal tridimensional para que ele voltasse ao seu mundo, mais para sair de lá, precisava descobrir a essência das coisas que o levaram para o outro lado de um rio e ele decidiu visitar a sua ilha de linhas não cobertas ainda, e percebeu que o que levou para lá foram escolhas mal resolvidas, enquanto vivia no seu planeta, e percebeu que a porta que ligava ele a sua vida não poderia retornar, decidido a voltar para casa nosso menino começa a chorar e percebe que a escolha de sua vida era apenas a única chance de não fazer tais escolhas difíceis e depois de muitos dias a vida que ele queria para si não seria mais a mesma.