Em Defesa dos Santos

Em Defesa dos Santos

Evane A. Barros Barbuto

O mundo sempre pediu de nós a santidade numa missão voltada à busca do bem-viver, do aprendizado da sabedoria e do reconhecimento a Deus. Há de ser sempre, à medida que crescemos e vislumbramos melhor o mundo e as coisas, um exercício de preservação, entendimento, aperfeiçoamento interior e louvor.

Assim vivem os santos. Cumprindo constante e piedosamente a nobre incumbência de viver para o bem, doando tudo de si a Deus e ao próximo. Em resumo, tudo em prol de Deus e do bem comum, obviamente, resultando de tudo isso, a salvação prometida por Cristo que nos adverte: “ Sede perfeitos como vosso Pai que está no céu é perfeito”. O bem, o bom e o certo como opção de vida. Assim fazem os santos.

Em todos os tempos o alcance da santidade foi tarefa difícil. Nos dias de hoje, a complexidade do mundo que fazemos, torna quase impossível o alcance desse objetivo - a prática de uma vida verdadeiramente santa. Mas nem por isso podemos admitir ou julgar que a santidade não exista mais. Só através dela, pela sua prática por mais leve e precária que seja, é que conseguiremos dar conta dos problemas inevitáveis que o desenrolar da vida nos oferece. Pela santidade louvamos a racionalidade que Deus nos permitiu, construímos um mundo melhor e nos preparamos para a resposta que temos de dar ao Pai. Os santos existem e existirão sempre. Hoje, certamente, de cara nova, com outras facetas de bondade e pureza, atendendo às exigências do mundo atual, fugindo às mesmices das frivolidades, honrando os pais, educando e amando os filhos, respeitando a natureza, moldando uma sociedade justa e solidária, valorizando as virtudes, vencendo a tentação das desonras, dedicando obediência e amor a Deus. Havemos de nos desvencilhar dos terríveis laços que o quotidiano nos amarra aos pés nos tortuosos caminhos que precisamos trilhar, mas sempre pés no chão, cientes da fugacidade dessa vida, sabendo que é o mundo que Deus nos incita a enfrentar com passos firmes e vontade forte. Os santos são os detentores da coragem, da honestidade e da fé inabalável.

Assim, crer na santidade possível para todos nós, como que algo intrínseco, incrustado em nosso ser pelo Pai Celeste que, afinal, é santo e nos fez à sua imagem e semelhança. E sabemos que só um mundo por nós trabalhado com amor e respeito nos livrará do terror da degradação, da violência e do caos. Depende de nosso esforço para que a perfeição em nós aflore e nos faça mais iluminados. Bom seria nos tornássemos sábios em perfeição e graças. Difícil, muito difícil, mas não impossível, Deus ama os justos. Busquemos a justiça e a honestidade que são portas que se abrem a todas as virtudes. Exaltemos, pois, nossos santos imitando e reconhecendo seus feitos de devoção, caridade e fé. Merecem nossa veneração. São os justos que por aqui passam e nos ensinam a bondade, almas puras, fortes e bem-aventuradas. “Os santos são almas que levam o mundo a sério”.

E para o pensador e poeta peruano Sofocleto: “A santidade é o Prêmio Nobel dos bons”.

Evane
Enviado por Evane em 15/09/2010
Código do texto: T2499283
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.