Nossas Árvores

Nossas Árvores

Evane A. Barros Barbuto

As árvores que beiram nossas estradas estão acabando. Em nossas viagens já não desfrutamos do panorama ameno e rico de vegetação como em tempos passados. É uma realidade nos dias de hoje, embora pelos nossos caminhos de Minas Gerais e Estado do Rio tenho oportunidade de observar mais atentamente. Muitas árvores foram cuidadosamente plantadas na ocasião do asfaltamento, outras já existiam por dádiva da natureza. Todas elas desempenhando seu importante papel na vida do planeta. Mas, devagar desaparecem de nosso cenário dando lugar ao solo árido, ressequido, destituído de proteção.

Entendemos a necessidade de podá-las sempre que prejudicam a circulação nas estradas e nos oferecem perigos. É um trabalho que deve ser efetuado com cuidado e atenção para que as árvores sejam aparadas nas partes em que realmente necessitam. Podá-las na dose exata para a manutenção estética da vegetação, sem esquecer a preservação ecológica que a planta requer. Em certos trechos de nossas viagens percebemos que o trabalho das podas passou por ali. E o que vemos muitas vezes? Que ao serem aparadas muitas árvores são quase que totalmente eliminadas, enquanto outras caem de vez pela ação indiscriminada das serras ficando no local apenas os tocos. Tudo por conta da poda!? Levando mais adiante nosso olhar, em certos trechos, podemos visualizar, num repente, tocos esparsos de árvores cortadas, galhos enormes quebrados e deixados para desaparecerem aos poucos - um galho aqui, outra árvore acolá - e nossas preciosas matinhas e alamedas condenadas à extinção.

Preocupamos com o desmatamento da floresta amazônica e de outras florestas importantes, todas sendo dizimadas constantemente pela ação interesseira do homem. Cuidemos, também, de nossa vegetação próxima que se perde frente aos nossos olhos distraídos. Fiscalizemos o que está ao nosso alcance: estradas, pastos, sítios, chácaras e fazendas dando nosso quinhão de ajuda na preservação do meio ambiente. Ajudaremos a nós mesmos e a nossos descendentes. Cada pequeno arbusto deve ser preservado, pois promete uma bela e utilíssima árvore.

Observando( aqui por perto) com o interesse dos que se preocupam em proteger o meio ambiente - pelas bandas de Laje do Muriaé, pelos lados de Santo Antônio de Pádua e outras regiões próximas ou mais distantes - veremos os vestígios de uma destruição lenta e devastadora. Beiras das estradas cada vez mais desmatadas e áridas, onde reinava um panorama verde e fresco bordado de viçosas alamedas. Se num dia avistamos matos abatidos nos acostamentos, noutros percebermos os vestígios da queimada que consome não só o mato tombado, mas castiga arbustos e árvores frondosas, muitas vezes, floridas como os ipês e os flamboyants. Restando troncos escurecidos, calcinados e secos, galhos e folhas encolhidos pela ação deletéria do fogo.

Vamos fiscalizar e preservar mais o meio ambiente porque atrasados já estamos nessa incumbência. Há muito que nossa exuberância vegetal está aceleradamente se esvaindo. Vivemos tempos difíceis, de vacas magras, ecologicamente incorretos, sem o deslumbre verdejante de outras épocas - matas destruídas, normalidade ecológica prejudicada, equilíbrio climático caótico, etc. Sofremos alterações e turbulências desastrosas em terra, água e ar. E o pior pode se concretizar se não detivermos nosso inconsciente avanço destruidor. A conscientização ecológica é necessária para vigiar, proteger, plantar e replantar árvores. Cada espaço fazendo a sua parte e teremos a Mãe Terra preservada em sua totalidade. “Aqui é a nossa casa onde terra, água e vida se combinam”. Resgatar o equilíbrio ambiental é tarefa e necessidade nossa.

Evane
Enviado por Evane em 15/09/2010
Código do texto: T2499339
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