ELEFANTE DÁ SORTE?

ELEFANTE DÁ SORTE?

Você credita que estatueta de elefante com a bunda virada para a porta dá sorte? Eu não. Não consigo enxergar e muito menos sentir que num pedaço de madeira, de pedra, de plástico, mesmo que seja de ouro ou qualquer outro material venha possuir ou exercer influência para mudar o rumo das coisas ou conduzir para um resultado melhor ou “dar sorte”. Ele simplesmente tem um formato que lembra o maior animal terrestre. Alguém pode crer da forma que entender, eu simplesmente não consigo.

Elefantinhos, ou até mesmo os grandalhões, principalmente os reais, africanos ou asiáticos com suas diferenças físicas e adaptações próprias, eu adoro. O modo de vida dos elefantes, sua organização familiar, a sua solidariedade e todas as suas particularidades, simplesmente me encantam. Eles dão verdadeiras lições que nós os humanos deveríamos observar, aprender e praticar para com nossos semelhantes e outros viventes.

Tenho uma pequena coleção de elefantinhos, uns quatrocentos. A maioria presentes de amigos. Em minha casa são encontrados numa cristaleira, sobre umas mesinhas, na estante, e por todo lado. Tenho inclusive um quadro lindo na parede que foi pintado por um amigo, na época adolescente e hoje é médico. Ele concluiu a obra, assinou e me presenteou no dia 30 de abril de 1998. Tenho uns de madeira, esculpidos com maestria e depois que receberam o formado do animal o escultor foi perfurando a estatueta em formato de rede e no seu interior, pelos orifícios, esculpiu outro pequenino. Bonito, mas deve ter dado um trabalhão danado para construí-lo. Já me disseram que são esculpidos por prisioneiros na Índia. De qualquer forma são somente objetos, mas da minha estima, meu “hobby”, que é incentivado por muitos familiares e amigos que vão aumentando a coleção e sou muito grato.

Entre todos, de vários tamanhos, formatos, confeccionados em materiais vários, inclusive um pequenino de ouro, presente de uma afilhada, o mais querido é um de plástico, feiinho, encardido e meio torto. Ele foi encontrado no fundo do quintal da casa da minha irmã quando cavavam para uma pequena obra. O netinho dela o encontrou e disse que era para guardá-lo para a coleção do tio. A vovó argumentou que ele estava sujo, velho e feio e ele pediu para colocar “de molho com sabão em pó”. Limpou pouco, mas ele me deu de presente com a carinha melhor do mundo.

De vez em quando chega alguém em minha casa com crianças e elas ficam olhando aquele monte de elefantinhos e querem brincar com eles, para o desespero dos pais. Entrego logo uma porção e deixo a criançada deitar e rolar. Jogam no chão, arrastam, fazem pilhas deles e os adultos desesperados dizendo que vão quebrar tudo e eu nem ligo. Quebrando algum eu reúno os pedaços, com um pouquinho de pesar, que passa num instante e atiro no lixo. Se não quebrassem eu já teria mais de mil.

Gosto muito dos meus elefantes, mas gosto muito mais das crianças e proporcionar a elas a alegria de participar do meu “hobby”, mesmo que alguns saiam danificados, é uma satisfação indescritível.

Querendo aumentar a coleção não se acanhem!!!...

Divinópolis, 15-09-2010.

JFerreirinha
Enviado por JFerreirinha em 17/09/2010
Reeditado em 24/06/2016
Código do texto: T2503319
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