JULGAR, JULGAR... IMPLICA EM CONDENAR E CONDENAR-SE
Aprendi que para julgar alguém seria preciso que vivessemos "literalmente", pelo menos passagens daquela vida, desde a infância, para que pudéssemos compreender ao menos um pouco, dentro da nossa pequenez humanidade o que leva uma pessoa a ser, pensar, agir e refletir tal mensagem.
Só que esse poder não nos foi permitido por perfeição do Criador.
Muitas vezes não damos conta de carregar nossa própria bagagem...
Temos sim a possibilidade de sairmos de nós mesmos e despidos do EU, entrarmos mental e fisicamente, com atenção e cuidado na vida do outro.
Com muito cuidado e sabedoria para não mancharmos a leitura do outro com nossas marcas vividas e assim julgarmos erroneamente a outra vida.
Analisar "nossa própria vida" é um processo tão intenso, tão desgastante e que requer muita reflexão, os pés bem no chão, muita firmeza e muito mais rigidez do que quando facilmente saímos à julgar os outros.
E não vale sentir pena de nós mesmos, isso distorce toda a avaliação!
Estamos sempre em busca de um CULPADO para cada contrariedade que vivenciamos.
Injustiças? Elas sempre existiram e vão continuar a existir. Vivemos entre seres humanos e a maioria tende a errar e avaliar baseado no egoísmo que grita:
-Só é bom quem me faz bem, portanto me convém.
Palavras não são PARÂMETROS para o julgamento do sábio.
"Não há nada mais perigoso do que o julgar baseado em palavras."
Pessoas têm discursos, clichês e frases que já viraram mania para que o mundo faça a leitura da imagem que querem ou necessitam passar.
Falam o que querem que os outros pensem delas; isso pode ser chamado de marketing.
Outras falam uma coisa querendo dizer outra; isso podemos chamar de defesa ou pedido de socorro: Alguém me entenda, por favor!
As palavras muitas vezes reforçam ATITUDES (reflexo de pensamentos repetitivos e confusos do EU tentando se encontrar), o que aos olhos de quem julga é o veredito final para conclusões.
Já os que calam, podem estar a esconder o que não querem que o mundo saiba sobre eles.
Esses pensam muito para falar, e quando de alguma forma se expressam muitas vezes estão usando as estratégias que elaboraram para passar uma imagem, conduzir uma situação.
Por isso o sábio lê e só ousa interpretar se for através do "olhar nos olhos", que é onde ele enxerga as complexas avenidas da alma dos que clamam por compreensão; enquanto a boca fala, fala e nada diz.
Mesmo assim, o sábio é tardio em julgar as angustias do ser humano e rápido em enxergar suas virtudes.
Quando dizem que “a primeira impressão é a que fica”, eu discordo.
Essa é a leitura mais errada da essência de alguém; isso eu chamo de julgar pela aparência.
A primeira impressão fica registrada na mente do que se permite iludir e vive uma vida inconsciente, vazia.
As impressões que seguem, sim, são os reflexos de uma existência...
A emoção, a insatisfação e o orgulho ferido, distorcem a razão dos que julgam, trazendo para si e para o outro um amontoado de decepções e sofrimentos desnecessários.
Eu me pergunto: "POR QUÊ?"
“Não julgo uma pessoa pelo que ela possui, pelo seu discurso ou aparência; o que me faz refletir sobre ela é o tanto de vezes que a vejo a julgar os outros implacavelmente”.
Mesmo assim mantenho a mente e o coração abertos à compreensão de que imperfeitos somos e precisamos nos ajudar, sem críticas destrutivas ou julgamentos, APENAS NOS AJUDAR...
Autora: JUSSARA BARBOSA.
Não julgueis, pois, para que não sejais julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós.
Por que reparas no cisco que está no olho do teu irmão, mas não percebes a trave que está no teu?
(Mateus 7: 1,2,3)
QUANTAS TRAVES E ENGANOS TAPAM NOSSAS MENTES E VISÃO...
NÃO SERIA MELHOR NOS AJUDARMOS?
http://jussarabarbosa.blogspot.com/