Neymar, um menino Super Poderoso

Na briga entre quem manda e quem obedece, pode às vezes acontecer de quem manda obedeça a alguém maior. Dorival caiu, será porque barrou Neymar? Ou será que caiu por colocar em risco milhares de euros que têm por trás da negociação do jovem atacante santista? O próprio Neymar já vem causando prejuízo para aqueles que têm contato com ele. Será uma maldição dos Deuses do futebol em favor dos seus prediletos? O Ceará que venceu em campo o Santos que o diga. Tudo começou com a provocação do Neymar, que em reação em cadeia, provocou uma confusão que até policial se envolveu e o vovô podia ser punido com a perda de até 10 jogos e multa de cem mil reais.

No Jogo seguinte Dorival barrou Neymar na cobrança de pênalti, o jovem falou mal a quem devia respeito. E imaginar que nas mãos do mesmo Dorival foi que Neymar chegou ao estrelato, diferente de quando era comandado por Luxemburgo e amargava o banco, quando ainda não tinha Ganso ao seu lado. Coisas do futebol, o Rene Simões técnico do Atlético de Goiás declarou: - Estão criando um monstro. Quiçá fosse um monstro da bola, com dribles desconcertantes em busca de ajudar o seu time a ganhar as partidas.

Há pouco tempo quando resolveu ficar no Brasil, não aceitando a proposta do Chelsea da Inglaterra, num ato de bravura, estava o amor ao futebol vencendo ao valor ao dinheiro? Parecia um ato nobre, mas o jovem esnoba demais, segue a moda, da periferia a fama. Os Bad Boys podem tudo, tem dinheiro, juventude, fama, poder, só não controlam os próprios sentimentos.

Aí entram os magnatas do futebol, a espreita de um gênio, uma venda milionária, depois o astro pode até se envolver em algumas polêmicas, burlar um pouco as regras, faz parte da vida. O empresário tem mais opções, afinal pode ter em suas mãos a vida de muitos jogadores, um que não deu certo vem outro mais rentável.

Quem poderia estar em alta no momento deveriam ser os psicólogos, eles que conhecem um pouco da personalidade humana. Poderiam ajudar a esses jovens a conhecer o sentido do que realmente eles procuram. No caso do Neymar como no caso de outros craques recentes, se dá uma ênfase tão grande na fase inicial da carreira que eles se acham muito mais do que são.

Com esse caso Neymar x Dorival, podemos ter agora uma quebra de braço entre treinadores e jogadores. Vale mais a autoridade do treinador ou o jogador super valorizado, no caso também Ronaldo Fenômeno que joga quando quer e é titular quando quer, pois detém grande parte dos patrocínios do clube?

Para Dorival a vida segue, treinador é assim mesmo o que vale é o resultado, fora ou dentro de campo, valeu os dois títulos: Copa do Brasil, Campeonato Paulista, aliás, é ele quem deve ter que aprender a lição daqui pra frente, não mexa com as estrelas, principalmente se por trás delas existirem milhares de cifras, que paga a vida de muitos, inclusive do presidente do clube.

Muitos que lêem devem dizer é melhor o craque em campo do que o treinador, aliás, ele não joga, é um chato, quer ser mais que o clube. O jogador pelo menos trás alegria para o time. Pois não se esqueçam da seleção onde o Dunga conseguiu convocar mal e o Brasil foi um fiasco na Copa. Será que foi a falta do Neymar na Copa? Assim o futebol caminha como a sociedade, o que se imortaliza muito rápido hoje, amanhã pode entrar rapidamente no esquecimento. Será que as grandes jogadas de Garricha (Botafogo), Clodoaldo (Ceará) vamos esquecer? Craques se perdem no caminho fora de campo.

Se a busca for por formar astros, o processo pode ser qualquer um, no entanto na busca de formar cidadãos, antes de tudo deve-se buscar o equilíbrio entre ser jogador e homem. Daqui alguns anos poderão contar a história de Neymar como mais um jovem que tentou brilhar e naufragou pelo caminho. Diferentes vêem muitos jovens que como Neymar jogam bem, mas não têm alguém pra dar uma oportunidade.

Carlos Emanuel
Enviado por Carlos Emanuel em 25/09/2010
Reeditado em 26/10/2015
Código do texto: T2520109
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