Os olhos fechados não foram o bastante para impedir o brilho que vinha de voce. Centralizada no meio da janela, lá voce estava. Pendurada no ceu, a tres palmos do horizonte, sustentada por mil fios invisíveis, reinava soberana. E, num chamado, fez-me abrir os olhos. Sei lá que nome voce tem...E precisa? Existem tantos...Mas, para mim, voce será minha estrela, já que foi para mim que voce se desnudou, que veio me espionar na minha janela. Rasgou as núvens que lhe cobriam, despiu-se e simplesmente inumdou meus olhos de prata. Pouco importa que a lua bem a seu lado, quizesse roubar sua cena. Hoje, não. Hoje era sua noite de brilhar, de me encantar. Hoje era a noite estrelar, escrela no mar. Minha alma de poeta desejou então te tocar, desejou sentir de perto essa sua luz, essa sua prata, esse seu brilhar. E, como num conto de fadas, alço vôo, cavalgo núvens para enfim lhe encontrar. Abraça-me minha estrela, invade-me desse seu brilhar, deixa que fique ao seu lado boiando, boiando, vagando sem parar...