O leitor não se engana

Uso os sites literários da rede quase todos os dias. O que me facilita conhecer o leitor. Raramente engana-se. Dou um exemplo recente.

Escrevi sobre trovas no Recanto das Letras. Esperava mais leituras e não consegui o êxito.

Editei o texto duas vezes, alterando o conteúdo e o título. Nada!

O leitor tem uma espécie de radar. Vasculha tudo; aceita os bons e repudiam os outros. Reparo que as poesias são mais aceitas. Mesmo as prolixas, que abusam da metáfora, uma prova evidente que o autor não é seguro, não sabe desenvolver sua idéia e apela. Toda vez que me deparo com este fato, vou adiante e não comento.

A beleza pura encontra-se na sua forma cristalina. A tentativa de alcançar por qualquer outro meio fracassa. Por muitas vezes, agride.

É lastimável que quase todos não entendam assim: ser intelectual é ser prolixo, pensam.

É exatamente o contrário. Quanto mais simples, mais puro.

Jorge Cortás Sader Filho
Enviado por Jorge Cortás Sader Filho em 15/10/2010
Código do texto: T2557987
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