A Vida, Enfim.

Um pouco mais de paciência em tudo, meu amigo. Não se enerve demais com as coisas, não adianta. Faça, simplesmente, e da melhor forma possível, não se matando pelo tempo.

Mil novecentos e setenta e seis passou; passou também oitenta e seis; noventa e nove; dois mil e dois; dois mil e oito; dois mil e nove; leste alguns livros, outros deixaste de lado, e assim a vida segue inexoravelmente...

Se todos os dias fizer um pouco de tudo, logo estará com tudo; se querer fazer todos os dias tudo, não terminará e a cada dia terá de recomeçar, se cansando por fim.

Não se deve esperar muito do muito nem pouco do pouco, racional é manter a serenidade. Sentir a natureza fluir, cumprir seus desígnios. Contra não se pode seguir, não se deve. Frustra-se, por fim.

Em nenhum momento deixar a raiva tomar conta. Ela é demasiada burra para que nos deixemos levar.

Manter a calma, a paz interior, mesmo diante o sol tórrido e a avalancha das burocracias alucinadas. Lembra-se das “Alucinações Burocráticas” e se regozija, se refestela.

Lembra-se das leituras de Charles Bukowski e dá uma risada íntima, daquelas quietas e solitárias, mas de uma intensidade que faz transbordar todo o sistema orgânico. O corpo é presenteado com milhares de substâncias benéficas.

Aquelas risadas de si para si, verdadeiras e puras. São as melhores!

Savok Onaitsirk, 02.01.10

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 20/10/2010
Reeditado em 06/04/2011
Código do texto: T2567470
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