A Virtude Enquanto Alma Mortal/Imortal.
Quem seria mais virtuoso: aquele que não acredita na imortalidade da alma, que não crê num além-mundo, porém levando uma vida moral ilibada e justa, ou aquele que acredita na imortalidade da alma, e com isso busca se comportar moralmente, no intento da recompensa final no post-mortem?
Segundo Pedro Pomponazzi (1462/1525), pensador renascentista, lançou esta polêmica em sua clássica obra Sobre a Imortalidade da Alma, sustentando que a vida moral se salva mais com a tese da mortalidade do que com a tese da imortalidade da alma, “porque aquele que é bom tendo em vista os prêmios do além está de alguma forma corrompendo a pureza da virtude, submetendo-a a algo fora dela. Para ele a felicidade está nas ações virtuosas, enquanto a infelicidade está nos vícios, independentemente se há ou não imortalidade da alma num além-mundo.
Savok Onaitsirk, 24.02.10.