Mudança é a lei da vida

Muito já foi dito, comparado e exaltado por petistas, fervorosos discípulos de um partido enrolado com a desonestidade de seus adeptos. Seguidores da filosofia socialista, mesclada de tendências fascista, estalinista e nazista, não se cansam de fazer comparações entre os governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Para eles, o último foi melhor. É o que veremos no decorrer desta narrativa.

Em suas pregações oportunistas, asseguram, sem avermelharem os rostos, que os avanços econômicos e sociais do governo que defendem superam os do antecessor. Esquecidos da verdade, acreditam que os bons ventos de hoje foram impulsionados por seu líder, homem rancoroso, desrespeitoso com seus adversários, atropelando a ética, a diplomacia e a liturgia do cargo de presidente da República.

Não admitem que os oito anos decorridos da gestão vermelha foram beneficiados com as políticas austeras, sérias e competentes do governo passado, artífice da estabilização da moeda, o real, dos programas econômicos instituídos sabiamente, e pela vocação responsável de um grupo de homens honestos e comprometidos com o interesse público.

Tenho em mãos, via e-mail, pronunciamento do senhor Ricardo Jordão Magalhães, integrante do movimento “Turma do Contra”, denominação atribuída a quem discorda do governo petista. Ricardo recorreu à frase pronunciada por John F. Kennedy, ex-presidente dos Estados Unidos, para iniciar sua declaração. Dissera o magistrado americano: "Mudança é a lei da vida. E aqueles que olham apenas para o passado ou presente estão certos de perder o futuro". Sábia afirmação. Aplicável, sem restrições, à escória lulista.

Disse Jordão, ao iniciar o seu bem escrito e delineado texto: “Eu vou votar no Serra”; ”Na Dillma não, não e não!”. Por que confessou ele sua preferência por José Serra? Simples. Sentiu-se no dever de defender as privatizações e os bem geridos programas econômicos e sociais de Fernando Henrique Cardoso, severa e irresponsavelmente contestados por Lulla e Dillma Rousseff. Essas providências resultaram na morte da inflação que atingira 80% no último mês do governo Sarney, hoje confidente e assessor para altos assuntos presidenciais de Sua Excelência. A inflação acumulada alcançou, em julho de 1994, o astronômico percentual de 5.000%. Lembra caro leitor?

Ricardo enfatizou, também, que a privatização de empresas deficitárias, antro da corrupção política, do desperdício e da má gestão renderam 106 bilhões de dólares, dinheiro que serviu para reduzir a dívida pública e possibilitar o equilíbrio fiscal do governo. As estatais davam prejuízos homéricos, cobertos com dinheiro público. Hoje, privatizadas, geram milhares de empregos e contribuem com o recolhimento de impostos. Lulla teria “pago” parte da dívida externa com os recursos arrecadados por FHC, nesse processo saneador.

O número de pessoas com telefone no Brasil de então era de 30 milhões; hoje, 247 milhões de linhas fixas e móveis servem ao brasileiro de todas as atividades. Grande parcela da população ainda se beneficia da banda larga e da TV por assinatura, utilizando seus computadores pessoais e suas TVs com programação digital. O setor de telefonia emprega 403 mil empregados. E a arrecadação de impostos cresceu 435%.

E Lulla e seus cabras da peste, aliados políticos e partidários petistas foram contra a implantação do Plano Real. Também discordaram das privatizações e se recusaram a assinar a Constituição de 1988, que hoje insistem em desrespeitá-la, tentando amordaçar os meios de comunicação.

Ricardo Jordão Magalhães também diz por que não votará na Dillma. Não sufragará o nome da terrorista do Planalto por não ver nela qualidades suficientes para governar o país. Ella, digo eu, talvez seja pior do que o seu mentor político: despreparada, mentirosa, caluniadora, atrevida e de viés ditatorial.

O Brasil de Lulla deixará para o seu sucessor 90 bilhões de reais em “Restos a Pagar”; a maior carga tributária do mundo; caiu para a 58ª posição entre as economias globais; o IDH, índice que engloba riqueza, educação e expectativa de vida, do Brasil, ficou, em 2009, em 75º lugar; nosso país ocupa a 88ª posição no ranking mundial de educação; das 100 melhores universidades do Planeta nenhuma brasileira foi arrolada.

No Brasil, 60 mil pessoas são assassinadas por ano; o saneamento básico é precário, reduzido e inexistente em certas localidades. Em compensação, os bancos privados lucram como nunca. No governo FHC o Itaú lucrou 410 milhões, e agora, no governo Lulla, o lucro chegou a 6 bilhões de reais. Enquanto isso, o Banco do Brasil, para cada real de Ativo acumula vinte reais de empréstimos a seus clientes. Um grande calote poderá estar a caminho.

Acho que Ricardo Magalhães tem razão. Por que votar em Serra? Votar nele significa mudança e, como disse Kennedy, os que olham apenas para o passado estão certos de perder o futuro. Dillma e Lulla nos deixarão sem futuro; o porvir que se nos advém poderá ser doloroso e cruel; tal qual o que se vê na Venezuela, no Irã e em Cuba, de seus estimados amigos.

Elles só olham pelo retrovisor, um espelho embaçado que não lhes permite ver as melhorias econômicas e sociais do governo FHC, tão amplamente apropriadas por ambos. Na mediocridade de suas avaliações, detratam o cidadão na tentativa de descontruírem a imagem de um dos maiores estadistas brasileiros. Isso é pequenez de espírito; é abundância de maldade e rancor. Lembrem-se, Lulla e Dillma, que vocês, hoje, colhem os frutos de um trabalho sério, desenvolvido por um homem digno do respeito e da admiração de todos nós.

Oito anos de governo já basta! Mudemos para não perdermos o futuro. Assim, evitaremos que um partido tome conta de tudo, como diz Magalhães em suas tempestivas observações.

“Eu vou votar no Serra” – disse Ricardo Jordão. Eu também votarei no Serra, na esperança de que o futuro do meu país não se torne tão negro quanto o de Cuba.