TÍNHAMOS QUE TOMAR SUCO DAQUELE MARACUJÀ!

Lêda Torre

Tenho uma grande amiga, de nome Ariolina, que costumo chamá-la de "Garfielda", porque ela é cheia de presepada. E certa vez fui na casa dela para juntas passarmos o dia com outra amiga de trabalho na época, 1995, onde a colega Maria José, bióloga que faz muitas experiências, nos convidou para irmos na sua casa que ficava num belo terreno de um sítio cheio de árvores frutíferas, muitas plantas, e coisas belas assim. Pois bem, lá meio aquele pomar tão belo, havia uma fruteira de maracujá, tamanho família, eu diria, como uma melancia média e, naquela vastidão, estavam aqueles enormes maracujás, alguns bem maduros e prontinhos para se fazer aquele suco bem grosso, de sabor parecido com o do melão, porém, mais doces.

A colega Maria José, diga-se de passagem, muito ciumenta com suas plantações, fora lá dentro da sua casa dar andamento no almoço, e ficamos lá embaixo dos maracujás enormes...conversando abobrinhas... A dona do sítio, nos ofereceu umas goiabas para degustarmos enquanto o almoço ficaria pronto. Tudo bem, afinal, nós estávamos ali a convite para descontrairmos um bocado, afinal, era final de semana e precisávamos descansar de uma lida inteira de muito trabalho; valendo lembrar, que eu era diretora da escola que nós três trabalhávamos, e amigas à parte.

Ficamos as duas bem embaixo do pé de maracujá carregadinho deles, à espera de que alguém se lembrasse de nos oferecer aquele apetitoso suco.... Enquanto a dona da casa preparava a comida, nós duas, eu e a Ariolina, planejávamos uma forma de um daqueles maracujás se transformarem em algo delicioso, e de forma mais fácil, e nada de dar certo, o que se tinha pensado até então....rsrsrsrsr.... Até que veio uma dica por parte da Ariolina, que na hora que a colega viesse, nós duas estaríamos simulando bem pertinho de um buraco que caberia um dos nossos pés, uma topada....e nisso, uma topava, caía em direção da outra que, com o pé no buraco, parecia cair... e a que tivesse mais próxima do dito cujo, se abraçaria ao famoso maracujá que estava bem maduro, e aí ele cairia, com certeza, depois daquele puxão...e diríamos que foi pela topada...que quase nos machucávamos...etc...etc...foi quando topamos de propósito, etc, etc,,,e assim enfrentariamos a dona da casa, simplesmente...como se tudo fosse naturalmente.... foi o que aconteceu. Ela ficou até compadecida da situação...com peninha...preocupada conosco, e nós duas, com a cara de Amélia...as mais deslavadas possíveis....rsrsrsrsr...parecíamos duas crianças trelosas...atentadas...nem olhávamos para a cara uma da outra...porque a vontade era de explodir em risos....depois de tudo, nós com ar de sérias, entramos na casa da amiga...almoçamos um delicioso almoço, sortido de coisas boas...e no final, o famoso suco de maracujá. A jarra era tão grande com aquele suco, que tomamos tanto, que parecia um sonho que a coisa tinha fluído daquele jeito....e, no final do dia, nós duas GArfieldas, voltamos para casa cheias de sorrisos, como duas crianças, e isso a gente nunca esqueceu. É sempre bom voltarmos a ser crianças, claro, sem prejuízo de nada. Foi bom, tudo acabou dando certo, deixando mais garfieldagens pra depois.

______São Luis, 28 de outubro de 2010______________

Lêda Torre
Enviado por Lêda Torre em 29/10/2010
Reeditado em 23/06/2021
Código do texto: T2584702
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