Os ponteiros do relógio mandam-me deitar. Dormir é preciso para que um novo dia surja. Mas, lembro bem que um dia disse que dormir é meio morrer. Por que então dormir? Por que não esperar o sol nascer e garantir que terei mais um dia pela frente? Já não preciso tanto de sono...e sim, de vida. Não uma vida partida, mas uma partida para uma nova vida. Esquecer o passado, entrar de cara limpa no presente tirando dele tudo que de bom possa ter. Perdoar os erros cometidos, trocar de roupa para que nada lembre o que ficou. Abrir os braços como uma gaivota para abrigar o sol nascente. Abrir o coração para que ele possa entender que ele não mais será machucado, mas acarinhado. Erguer os olhos para o alto, desejando sempre que as núvens possam ser o limite para os sonhos. Sonho de uma vida á dois, de dois, quase um, unindo cheiros que na certeza serão embriagadores. Aceitar uma nova chance de ser feliz, estúpidamente feliz.
Seja bem vindo, meu amor.