RELAÇÕES

São as relações que definem quem somos e seremos.

Em nossa vida fomos abençoados ou amaldiçoados pelas pessoas que passaram por ela, e só nós escolheremos quem fará parte do nosso futuro.

No momento exato em que algo acontece na nossa vida não conseguimos ver claramente quem nos faz bem ou não, porém, com o tempo e uma boa reflexão, enxergamos quem é quem.

Com isso, podemos ditar que tipo de relação queremos para nosso futuro.

Nossa personalidade é construída em nossa convivência com outras pessoas. São elas que nos servem de exemplos para seguirmos um molde do que seremos, que nos influenciam nas decisões que tomamos, que nos ajudam a formar nossas opiniões, nosso caráter, índole e, acima de tudo, o ser humano que nos tornaremos.

Faça o teste: quando estiver perto de uma criança observe como ela segue ou repete as atitudes dos adultos. Nós também fizemos isso, não só quando crianças, mas adolescentes e já grandinhos também, ou seja, cada atitude nossa é influenciada e influenciadora. Por isso, é bom pensar em como somos e agimos.

Em muitos momentos da vida as pessoas se deixam levar por estarem vazias, tristes, carentes, infelizes e sem referencias. Acabam embarcando em ideias e atitudes que não são benéficas e muito menos de sua índole.

Entram facilmente em drogas, bebidas demais, roubos, brigas, pensamentos nocivos, grosserias, arrogâncias e tudo que de alguma forma não tem uma boa energia. Isso acontece por estarem perdidas na vida, não terem bases sólidas, e principalmente por não terem ao lado uma relação com alguém que realmente lhes diga e sirva de exemplo, que tenha impacto suficiente para influenciar sua vida para o bem.

Muitas vezes vemos uma pessoa e a julgamos simplesmente por um ato ou palavra, e esquecemos que por trás de certas atitudes existe um histórico de aprendizado, de convivência com outros seres que não a ensinaram a ser melhor.

O ser humano em sua essência é puro.

Viemos ao mundo sem qualidades e defeitos, sendo que o que nos tornamos foi e é construído por nós e por quem está à nossa volta.

Quando convivemos apenas em um lugar, com ideias únicas, sem conhecer e termos a oportunidade de estabelecer contato com outras formas de pensar, nos sobra apenas uma escolha, que nem sempre é a melhor, e muitas vezes nem sabíamos que era a errada.

A ignorância é apenas uma falta de conhecimento, que leva as pessoas a tomarem atitudes pautadas nesse mundinho que conhecem. Quando dizemos que determinada pessoa é ignorante por agredir bruscamente outra, quer fisicamente ou verbalmente, sem ter motivos aparentes, significa que falta nela o conhecimento para contornar determinada emoção, falta paciência, tolerância e compreensão para lidar com o ocorrido.

A pessoa ignorante se limita a pensar e agir diante do que lhe foi ensinado em suas relações.

Não tem jeito: somos sempre influenciados pelas pessoas com quem convivemos e pelos lugares que frequentamos. Nos resta refletir se esses lugares e essas pessoas estão nos fazendo crescer, ou melhor, como tudo isso está nos afetando, pois muitas vezes é fácil evoluir em um setor da vida, mas podemos esquecer dos outros.

Relacionar-se não é esperar de alguém atitudes que queremos que tenham conosco, mas ser com eles como gostaríamos que fossem com a gente, e sem esperar nada em troca, sem esperar retorno ou criar expectativas.

Em determinados momentos da vida, qualquer um que disser qualquer palavra ganhará nossa atenção, não porque o que foi dito ou demonstrado era de nosso gosto, mas porque não tínhamos nada, e em lugar vazio qualquer coisa entra. É nesse momento que muitos levam os outros para o caminho do erro.

Temos que nos completar, parar, pensar, refletir e começar a perceber o que realmente nos faz feliz, não nos deixar influenciar só por não termos opinião, mas porque queremos, com convicção de que nossa escolha é o melhor pra nós.

Temos que nos equilibrar, encontrar um caminho em nossos dias para olharmos para dentro de nós e vermos se o modo como estamos levando a vida é satisfatório para nós, ou se fazemos algo somente para agradar os outros, para sermos aceitos, acolhidos, queridos ou elogiados.

Quando estamos de bem com a gente, os outros sentem, e não precisamos fazer nada para agradar ninguém. Daí surge um bom convívio, uma boa relação, quando as pessoas que estão próximas não querem de nós mais do que podemos dar, quando nós não queremos delas mais do que podem dar.

Viver é se relacionar respeitando os limites alheios, trocando palavras afetuosas, carinhosas, aceitando cada um como é, pois não somos obrigados a viver com ninguém que não concordamos.

Muitas vezes encontraremos em nossa família, amizades, trabalho ou convívio social pessoas que tenham ideias que não compactuamos, gente metida, arrogante, que gosta de se mostrar, invejosas, egoístas, viciadas, mesquinhas, grossas, briguentas, tristes, metidas, mentirosas e com outras características que não devemos aceitar ou ser.

Conviver com essas pessoas é simplesmente uma questão de escolha. Não somos obrigados a nada, muito menos a ter em nosso dia a dia quem não nos transmite boas energias.

Em muitas ocasiões teremos que encontrar essas pessoas, mesmo que não gostemos, portanto, sejamos diplomáticos, tratemos todos bem, mas não deixemos que nos afetem, que invadam nosso espaço interno e, principalmente, que façam parte de nosso convívio diário.

Isso é ter personalidade, é opção, livre arbítrio, é o maior presente que temos na vida: liberdade de escolher. Ninguém tira.

Como você é em suas relações?

Também acho importante refletir sobre como estamos sendo para quem está próximo, como somos, falamos, agimos e demonstramos para quem gostamos esse gostar.

A vida é feita de escolhas.

Escolha ser do bem para atrair o bem, pense antes de aceitar o que lhe falam, antes de falar, reflita sobre quem faz parte da sua vida e como essas pessoas são com você. Observe como agem com você, pois muitas vezes isso é reflexo de como você é com elas.

O futuro é colhido pelas sementes que plantamos hoje. Quem faz parte do nosso convívio é que nos ajuda a semeá-lo, e a definir como seremos amanhã.

Nosso ser espiritual é o resultado de nossas experiências, de nosso crescimento emocional, e, acima de tudo, das relações que temos.

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Sidnei Oliveira
Enviado por Sidnei Oliveira em 10/11/2010
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