Miséria Humana.

Vai, deixa-me escrever um pouco, berrei aos quatro cantos de meu canto!

È preciso me desintoxicar com palavras, me livrar do constante aniquilamento da realidade suja! Puta merda! Que motivos levam esses seres humanos a prosseguir vivendo como vivem, aos montes, aos esbarrões, poluindo e se poluindo aos borbotões? Quanto lixo é dito, desdito, maldito, regurgitado e digerido a cada milésimo de segundo da existência! Melhor dizendo, quanta merda é feita sem motivos!

O que dizer dos meios midíacos que banalizam tudo e todos? Vejam o show do casar Nardoni, que sabe-se lá porque jogou, ou deixou que caísse, sua filha do sexta andar de um edifício! Que merda foi aquilo? Que merda é isso tudo que fazem de seu julgamento? É a cara da realidade atual, dos “Poderes” da Nação, que o diga o Judiciário, um grande “reality show”. Um show de horrores que causa ânsia de vômito ao surrado trabalhador que chega cansado depois de um dia inteiro de trabalho pesado, e que, ao ligar o televisor com um prato de comida entre as mãos se depara com essa merda! Só morte e tragédia! Ninguém procura ensinar, educar (com raras exceções, TV Cultura, TVEscola, etc, conta-se nos dedos), só querem mesmo é escancarar a podridão da natureza humana e explorar suas misérias!

E o pior é que não faço nada para mudar isso, estou estático, estagnado, traçando apenas essas mal-traçadas linhas! E cansado! Muito cansado disso tudo!

Chega uma hora em que me recordo do personagem de Michael Douglas, “Um Dia de Fúria”, e dou vazão ao que faria se aquele colapso se desse com minha pessoa, que já está no seu limiar.

Em primeiro lugar não mataria ninguém!

O restante do plano eu não sei...

Savok Onaitsirk, 24.03.10.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 11/11/2010
Código do texto: T2609237
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