"NEM TUDO QUE SE VIR É DE FATO" Crônica de: Flávio Cavalcante

NEM TUDO QUE SE VIR É DE FATO

Crônica de:

Flávio Cavalcante

Cada cabeça é um mundo diferente, cada caso é um caso. É difícil o entendimento do mundo isolado de cada pessoa. A personalidade na maioria dos casos ainda não está formada independente da idade de cada um.

É uma situação difícil e insustentável. Um tema de muita reflexão (Posição social, viver de aparência). O valor ao bem material e agregado de forma muito intensa no assunto abordado.

Existem pessoas que mantém o Status só para dar satisfação a toda uma sociedade. Pessoas que não estão com a corda no pescoço e não admitem que alguém saiba de suas particularidades e tentam manter aos trancos e barrancos uma irrealidade.

Em várias pesquisas que fiz sobre este tema, descobri que existem pessoas que vão ao supermercado e fazem questão de pegar dois carrinhos de compras, pondo produtos duplicados nos carrinhos. Tudo para mostrar a sociedade que elas estão montadas na grana e por isso não perdem a pose e o orgulho.

A irrealidade termina quando acaba de encher os tais carrinhos e chega a hora de ir ao caixa pagar as compras. No caso dessa pesquisa que fiz muitas pessoas abandonam um dos carrinhos cheios de compras em algum lugar do mercado de pouca circulação para não chamar a atenção de alguém conhecido que possa aparecer de repente.

É um problema psicológico grave e precisa ser tratado com muita urgência com um psicanalista.

Há alguns estudos sobre a psique humana e com descobertas esplendorosas. A mente humana tem que estar ocupada de alguma forma para que o indivíduo mantenha em ordem o seu equilíbrio. Nós vivemos sobre uma corda bamba e em equilíbrio porque temos uma meta de chegarmos do outro lado da estrada. Então nosso ponto de visão fixa no horizonte e o nosso cérebro reage conforme a nossa preocupação de atingirmos a esta meta.

A partir da hora que não tivermos essa preocupação. A corda começa a balançar e aí perdemos o equilíbrio das coisas e fatalmente iremos mergulhar de cara no asfalto.

Isso acontece com pessoas que tem tudo o que quer nas mãos. Pessoa que vivem na opulência e não sabem administrar isso. São pessoas ociosas e tristes. Já vi matérias de pessoas nesse patamar que enveredam por diversões nada comuns e até suicidas por cometem tais façanhas devido a ociosidade gerar uma profunda depressão.

Na própria sociedade nas grandes rodas vemos um meio de podridão, onde homens e mulheres casados se aventuram em arrumar outros casais para uma noitada diferente. No que eles chamam de Swing, que quer dizer no linguajar próprio deles, troca de casais para fazer um amor diferente. Quando não embarcam no mundo das drogas e tornam suas vidas que deveria ser um mar de rosas num verdadeiro inferno.

SERÁ QUE VALE A PENA REALMENTE VIVER ESSA VIDA DE APARÊNCIA E “OPULÊNCIA” SERÁ?

Flávio Cavalcante

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 15/11/2010
Código do texto: T2617325
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