"FRUTO MADURO ANTES DA ÉPOCA" Crônica de: Flávio Cavalcante

FRUTO MADURO ANTES DA ÉPOCA

Crônica de:

Flávio Cavalcante

O que relato aqui na realidade é um lamento que vai de encontro á todos os meios tecnológicos da atualidade. Quem diria que com o avanço da tecnologia, os nossos jovens tiveram um grande avanço tal qual modernidade. Isso afetou até os recém nascidos.

Outrora, criança levava tempo para começar a abrir os olhos, o sol demorava a se pôr no horizonte, um ano então, era coisa de ficarmos cansado de esperar. Mas o que está acontecendo com o tempo? Há algo misterioso no ar.

Caro amigo leitor. Não sei se sou eu o quadrado da história, que parei no tempo e no espaço ou realmente ou o mundo está descambando para o pior. Estou me sentindo como dizia o grande Raul Seixas “DE BOCA ABERTA ESCANCARADA ESPERANDO A MORTE CHEGAR”. Sou de uma época em que ser criança era sinônimo de inocência, as brincadeiras eram realmente no intuito de diversão. Meninas brincavam de bonecas e meninos com seus carros de brinquedo, além das brincadeiras de rodas que envolviam a todos e eram realmente divertidas. Não se ouvia palavrão da boca de uma criança, pois a repressão era de imediata vinda dos pais pondo-a na condição de ser criança. Sendo assim, os pais eram respeitados, assim como vizinhos, professores e os mais velhos. O respeito era a regra que os pais cobravam dos seus filhos. Mesmo crescido e até casados, os filhos pediam a benção aos pais já velhos.

Namoro de adolescente só sob os olhos dos pais e homem tinha pedir aos pais da moça para namorar da forma mais simples e respeitosa. Eu particularmente aplaudo de pé essa época. O resultado de tudo era um filho bem formado numa boa universidade, educado. Este era o presente final.

Hoje em dia parece que o mundo anda de cabeça para baixo. Depois que inventaram a mãe externa que dita às regras de educação dos filhos e de forma errônea, tudo passou da água para o vinho de maneira á jato e avassaladora. Na época, não se falava em direitos das crianças e do adolescente, nunca ouvimos falar em direitos humanos. Na época dos meus pais e avós, tinha uma regra básica para o meio infantil “CRIANÇA É O ÚLTIMO QUE FALA E O PRIMEIRO QUE APANHA”. E isto era tido como regra dura. Atualmente o que vemos é uma agressão á educação e a regras inverteram á posição. Pais impedidos de falar mais alto que os filhos. As leis são duras em cima daqueles que ousam tentar corrigir os erros dos filhos. Li uma matéria á respeito que retrata exatamente essa defesa da criança e do adolescente. Um absurdo que não dá pra entender que só eles que não enxergam o incentivo de um criadouro de animais e irresponsáveis, e agem na defesa mesmo quando se trata de um menor delinqüente que eles o tratam como o anjinho ou coitadinho.

O país é errôneo com leis contraditórias. Chama de criança e adolescente, sem responsabilidade alguma e o tratam dessa forma. Mas obrigam-nos a decidir o destino de um país numa época eleitoreira. É um Deus nos acuda. Estamos numa situação descontrolada. Como resultado dessas leis protetoras, temos lamentavelmente nossas crianças num verdadeiro caos. Crianças se drogando em cada esquina, menores espancando pais que hoje em dia não tem a quem recorrer. Meninos e meninas que deveriam estar brincando de bonecas e carrinhos, entrando num mundo da irresponsabilidade e sendo pais de forma sem programação alguma. Crianças com crianças no colo ou cometendo atrocidades, matando a sua cria ou jogando-a em latões de lixo. Esse é o resultado do que se diz “AVANÇO TECNOLÓGICO”.

LAMENTAVELMENTE ESTUPEFATO

Flávio Cavalcante

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 21/11/2010
Código do texto: T2628471
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