Considerações Sobre a Natureza Humana.

Existem pessoas predispostas a ajudar.

Existem também aqueles prontos para maltratar.

E, por fim, existem os que não estão nem aí.

Quem são aquelas pessoas que, num momento em que mais precisamos, seja qual for, como a ajuda em empurrar um carro, estão prontas a nos ajudar?

São anônimos que deixam apenas a impressão de que estão para ajudar, e o mundo avançou até agora devido à boa vontade desses anônimos.

Muitos dos nomes que constam dos catálogos históricos na verdade foram forjados por pessoas egocêntricas, megalomaníacos e predispostas a alterar os fatos e dados da história. A história posta como é não deve de toda ser acreditada. Dom Pedro I, aquele sujeitinho medroso, e seus condiscípulos, forjaram toda aquele façanha da independência. Independência ou morte o caralho! Na verdade era independência ou fuga. Deram-lhe o Brasil de presente para que pudesse se divertir. Negros períodos pátrios aqueles! Aliás, negros períodos da história aqueles em que homens escravizavam outros homens, em que a racionalidade motivava a desigualdade, mulheres e negros eram tidos como inferiores, em que crianças e idosos eram desprezados cada qual em sua condição; ao velho, um leito, o abandono e a morte; à criança, tratamento despótico, espancamento e condicionamento ao sistema. Mulheres tidas como serviçais sexuais e de afazeres do lar. O homem, e principalmente o homem com dinheiro, comandava a situação. Negros períodos aqueles! E ainda hoje negros períodos vivemos. O ser humano persiste em continuar se “descabelando” com picuinhas mesquinhas. Nem todas as picuinhas são mesquinhas. A picuinha, como o “primeiro pio das aves”, é algo que não condiz, poeticamente, com o termo usual da palavra, como algo sem valor, banal. O primeiro pio de uma ave, vejam bem, é algo profundo, que remonta aos primórdios, ao sopro de uma vida. Já o primeiro choro de uma criança é chamado de benção. O primeiro choro de um rato, de praga, e assim vai. O homem, como “homoegocentricus”, é sempre o primeiro da questão. O mundo sempre girará ao seu redor. O sol também. Deus é sua imagem e semelhança. Os animais estão aí para nos servir, com sua carne, seu couro, seu leite, sua vida. É isso aí, somos humanos e podemos destruir tudo, menos nós mesmos. É a lei.

Quão tragicômico é isto tudo! O homem, na ânsia de dominar tudo, esqueceu-se de que o equilíbrio é o melhor ponto de vista e de atuação. Devíamos ter nos harmonizado com a Mãe Natura antes de pensar em qualquer fábrica de coca-cola de merda! Só bebo coca em última ocasião. Nos princípios pensou em tudo, menos nisso. Rebusquem os ecologistas da antiguidade! Os que existem hoje não têm o respaldo dos governos. Estados Unidos e Japão, os dois maiores poluidores do planeta, não aceitam discussões sobre a redução da poluição. Não querem comprometer suas produções em massa: o mundo precisa de hambúrgueres e hot’s dog’s!

É, os bons... Estão em extinção... Num mundo cada vez mais mecanicista e desigual...

Então, como dizia Chapolin Colorado, “sigam-me os bons!”.

Savok Onaitsirk, quarta feira, 02 de dezembro de 2.009.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 25/11/2010
Código do texto: T2635562
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