O POETA

Emocionei-me com este povo; assim não dá se fosse comigo já mandava ir de vez, por isso minha cara não é com você e nem vai ser, somos livres como pássaros e se não posso ter o direito de ir e vir para que ficar na gaiola, é preciso viajar para outros cantos, outros arvoredos e estes casamentos mais modernos, por mais que sejamos livres eles não garantem aquilo que é as amarras que somos de nós mesmos desde antes de sermos.

Somos enraizados a família, a cultura as tradições religiosas ou não. Somos humanos temos raízes como qualquer vegetal.

O ficar com alguém já é uma barra porque temos que ceder a muitos valores que acreditamos qualquer envolvimento sempre tem uma razão de ser, embora as conversas sejam mais liberais ainda assim carregamos os nossos estereótipos, somos interplanetárias, e nem sempre entendemos o que somos, é assim dizem ser os poetas, não no sentido literário, mas sim no jeito de ser enquanto pessoas inconformadas, inquietas e sempre em ebulição do desentendimento e da busca do verdadeiro ser. Buscamos o que não existe no convencional e no simples paradoxal, e ao mesmo tempo existe. Mas fora dos padrões me coloco no divã e me vejo como pássaros sem asas, ou com asas que não nos cabe cortar, e nem se imaginar com as asas que vemos. Pensar na gaivota já é uma inspiração tem situações que são melodias por si só, quando leio alguns inspirados poetas me vejo e me encontro neles, acredito que os poetas são os que na sua introspecção perdidos como se fossem numa constelação. Ah será que me faço entender. Ou me desentendo de vez? Sabe duas pessoas um macho e uma fêmea se encontra e quando se encontram dá toda uma sinfonia

E quando não mais se encontram fisicamente e o som daquela sinfonia continua a tocar... Que lindo diria os anjos. É só prestar atenção, no que dita o coração! Deixar apaixonar seria fazer a sinfonia sair do tom, pois os poetas não são deste espaço do compreendido do tangível, seria incendiar sem controle remoto, pura erupção, evitar queimar sem eira e nem beira faz parte do racional que precisam direcionar para não ver o fim em si mesmo. Não foram criados para viver o certo o dirigível o possível, o familiar o religioso, os padrões pré-estabelecidos. Eram eles os impossível, os contrários, os subvertidos onde a chama não se apaga e nem pode. Um sempre quer ir além se forem os dois, haverá um desmoronamento dos ditos valores, por isso, sempre pensam antes de colocar mais lenha para queimar. E razão nem sempre se acha, deve estar além dos horizontes.

Se achar alguma frieza é porque é assim o convencional mundo dos demasiadamente corretos ou não? Onde é o infinito do ser? Sou, ou apenas penso que sim? A sua frieza é pura devassidão, busquei em você encontrar um caminho cheio de carinhos que as palavras apontaram a sua direção diga que não! As palavras são dos poetas você não entende? As palavras é claro que é o poeta e o poeta é as palavras, mas ele o poeta é devassidão do seu próprio ser. Os poetas nunca é ponto final, pode se perder em vírgulas, parágrafos, etc. Pode se cruzar no seu texto com qualquer destes sinais, mas não pode ficar sem ter o ponto final. Escrevi ponto por ponto e me descobri na terapia de ter escrito em versos e prosa esta melodia. Escrever sempre se encontra na fascinação de mudar o branco do papel em desenhos escritos de palavras que no texto tem uma formula bem orquestrada. Buscas o que? Deus? Ele esta ali pertinho basta olhar pra si - ver-se na flor, na plantinha e até numa abelha quando ela é parecida com tantas, mas aquela é única, como única são todos os seres do animal ao vegetal