"HÁ FALTA DE AMOR ENTRE OS HOMENS" Crônica de: Flávio Cavalcante

HÁ FALTA DE AMOR ENTRE OS HOMENS

Crônica de:

Flávio Cavalcante

Palco nada agradável. Sangue espalhado, pelo momento trágico, fundindo com o desespero de familiares que estão diante dos corpos de suas vítimas, enquanto no mesmo cenário vemos também vitória de conquista. A razão falando mais alto que a emoção. Coração? Isso já deixou de existir a muito tempo.

É de se pensar se realmente Deus está no comando desse velho mundo, ou ele abandonou e o diabo anda com as mãos grudadas nas rédeas.

Hoje, dia 25 de novembro de 2010, o Rio de Janeiro amanheceu num caos absoluto. Conduções completamente destruídas, homens rebeldes destruindo todo um patrimônio do Estado, o povo pagante de seus impostos, não puderam ao menos sair de suas casas para buscar o pão de cada dia. Guerra entre morros e policiais por causa da repressão do crime organizado, que não concorda com certos pontos determinados da lei.

É lamentável que isso possa acontecer num país de encantos mil e tão atrativo para turistas que vem sempre nos visitar.

Há realmente falta de amor entre os homens. A terra deixou de ser aquele habitat de paraíso da época de Adão e Eva, como relatam escritos bíblicos. No atual o que vemos é um criadouro de pragas que vem destruindo tudo e todos de forma cruel. Começa a luta pelo território da fonte milionária das drogas, onde bandidos e policiais se confrontam de maneira sangrenta, onde o bem aparentemente destrói o mal conforme os contos em quadrinhos. Mas sabemos que a realidade é bem outra.

O meio é bem mais podre que podemos imaginar. Na realidade se correr atrás do que está errado no mundo, vamos ter uma grande surpresa. Tiramos a lição da própria natureza. Uma presa corre do seu devorador. Ambos têm interesses próprios. Um de correr pra não ser devorado e o outro de capturar o alimento para matar a sua fome. A diferença é que o bicho é um irracional e o homem é ruim sabendo que é ruim. Que pisa qualquer um para alimentar o seu instinto de interesse próprio.

A guerra entre homens nada mais é a luta por este interesse. É um querendo ganhar em cima do outro. Temos exemplos notórios. Governo proíbe jogo bicho e outros tipos de jogos caça-níqueis. Agora temos a pergunta, quanto o governo leva de imposto em cima desses jogos de “AZAR”? No entanto, o próprio governo avacalha a própria lei. Jogos caça-níqueis não dão retorno para ele. Não gera impostos e sendo assim os bicheiros e donos das máquinas comem o bolo sozinho. O governo por sua vez, como tem o poder nas mãos, não aceita que o outro ganhe sozinho e o tapete então é puxado de forma brusca. Mas o próprio governo não larga o osso das loterias esportivas.

Um ponto culminante e reflexivo é que será que se estas drogas de uma forma geral tivessem dando lucro ao governo, Se os traficantes pagassem impostos de suas produções, o governo estaria assim brigando para destruir tudo e acabar de uma vez por todas com a fatia deste bolo que ele não ver nem o cheiro? Será?

Muitos anos atrás eu presenciei um fato que me marcou profundamente no Estado das Alagoas.

Meu pai tinha uma mini fábrica de água sanitária, sabão, detergente, enfim, produtos de limpeza e muito bem cuidado. Pois meu pai sempre foi muito cuidadoso quando se trata de segurança no que ele estava fazendo. Ele fabricava, mas com conhecimento profundo do assunto. Eram bons produtos e todos adoravam. Ele vendia muito na época. Isso criou um incômodo e a vigilância sanitária baixou lá na fabriqueta que ele possuía no fundo do quintal. Eu nunca vi um tratamento daquele com um cidadão só porque não estava dividindo o bolo com o Estado. Eles recolheram tudo, quebraram baldes, que faziam parte do material da fábrica. Depois reconheceram que o produto dele tinha qualidade e o aconselharam para registrar uma micro-empresa. Fato, que o governo cresceu o olho e queria também entrar no lucro.

ENTÃO CONCLUÍMOS. ASSIM QUE ERRADO TIVER DIVIDINDO O BOLO, TUDO VAI PASSAR A SER CERTO. E A POPULAÇÃO É QUEM VAI TOMAR UM BONDE ERRADO COMO SEMPRE.

Flávio Cavalcante

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 29/11/2010
Código do texto: T2644224
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