Não encontro meu lugar

Acho que essa seria a expressão que tenta mostrar o que sinto por dentro. Deveria escrever uma poesia ou uma música. Mas, estou realmente sem brilho. A tristeza, sempre me veio acompanhada de brilho possibilitando criar. Mas, agora. Estou realmente só.

Não quero exaltar a auto-piedade, mas está difícil de prosseguir dessa forma. Estou sempre parecendo errado aos olhos dos outros. Não que queira parecer certo, mas de vez em quando, é bom. Faz bem à mente.

Vejo algo nas pessoas. Em seus olhos. Não creio no sobrenatural. Mas, sou bastante sensível nessa questão. Sempre fui. Mas, de uns tempos pra cá, tenho ficado muito pela internet. Sinto falta de ouvir o tom de voz e observar os movimentos do corpo. Perceber as mudanças no comportamento, gestos olhares, ações involuntárias que denotam certos desejos, sentimentos e aflições. Pupilas dilatando, pele se contraindo, se arrepiando. Dentes mordendo lábios, dedos se entrecruzando. Pés que não se movem, pernas que não param. O desvio do assunto por meio de um encostar ou reclinar de cadeira.

Sinto muita falta disso. Com algumas pessoas, é possível "ler" as entrelinhas sem vê-las pessoalmente. Mas, com a maioria, é preciso ver. Sentir. Ouvir a respiração. E seria muito bom, naquelas que posso "ler", observar bem de perto.

Não encontro meu lugar. Mas, agora me sinto melhor. Aqui, sempre me sinto bem. O recanto é o meu lugar.

Prima
Enviado por Prima em 20/12/2010
Código do texto: T2682127
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