Felicidade, eterna busca!

Esther Ribeiro Gomes

‘Essa felicidade que supomos,

Árvore milagrosa que sonhamos,

Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nós não a alcançamos

Porque está sempre apenas onde a pomos

E nunca a pomos onde nós estamos. ’

(Vicente de Carvalho)

Em excelente crônica, minha amiga Giustina fez um questionamento sobre os paradigmas e a felicidade.

Em resumo, disse ela que para sermos felizes, precisamos romper paradigmas que nos aprisionam e embotam nossa felicidade, mesmo quebrando a cara, porque é melhor uma cara quebrada do que o velho e emperrado freio que nos impede de voar...

Tenho uma tia que sempre me dizia:

‘Arrependa-se daquilo que deixou de fazer, mas nunca daquilo que fez!’

A vida é curta, temos que ousar quebrar regras e lutar pela nossa felicidade.

Dizem que dinheiro não traz felicidade, mas Millôr Fernandes não concorda e há muito tempo já deu seu veredicto:

‘Dinheiro não traz felicidade, mas como é bom ser infeliz em Paris!’

Mas onde se encontra essa tão cobiçada Senhora?!

Nesta altura da vida aprendi, a duras penas, que a felicidade genuína não está nas coisas materiais, nem mesmo naquela pessoa especial que gostamos muito.

Podemos ter tudo que o dinheiro pode comprar e um lindo amor ao lado, mas sentir aquela insatisfação, aquele desejo de quero mais...

Porque felicidade rima com simplicidade, ela está nas pequenas coisas, no espetáculo da natureza que Deus nos presenteia a cada dia, no romântico pôr-do-sol que atapeta o mar de dourado e independe de alguém ou de fatores externos.

Enfim, a Felicidade sempre esteve, desde sempre, dentro de nós!

Jamais a encontraremos seguindo paradigmas pré-estabelecidos, modismos, ou costumes arraigados que nos impedem de sermos plenamente felizes.

Cada um deve buscar dentro de si seu quinhão de felicidade, ousando voar livremente, enquanto muitos permanecem prisioneiros de paradigmas muitas vezes ultrapassados e preconceituosos.

Deus nos criou para a felicidade, então, vamos encontrá-la em nosso coração!