A anunciação e a nossa redenção

A palavra Natal é originária da expressão latina natalis e significa natalício. O nascimento de Jesus é celebrado pela igreja ocidental desde o século IV, e pela igreja oriental, a partir do século V. Em 25 de dezembro, a humanidade festeja a vinda do Redentor a terra, para expiar-lhe as faltas e transmitir-lhe as boas novas da Salvação.

O nascimento de Jesus foi previsto pelo profeta Isaias, em resposta a Acaz, que se negou a pedir ao Senhor um sinal que garantisse que se Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, subissem a Jerusalém para pelejarem contra ela, não a conquistariam. Acaz não pediu um sinal, para não colocar Deus à prova. Isaias, então, profetizou que o Senhor mesmo lhe daria este sinal: "Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho e será o seu nome Emanuel. Antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, será assolada a terra dos dois reis perante os quais tu tremes de medo" (Is 7.14-16).

A resposta do profeta a Acaz faz-nos refletir sobre a intervenção do Senhor em nossas vidas. Tememos as dores, os infortúnios, os males da vida, por não confiarmos plenamente em Suas palavras. É necessário que tenhamos fé, a fim de obtermos um bom relacionamento com Deus. A Bíblia nos ensina que sem fé é impossível agradarmos ao Senhor, que tanto nos honra com sua misericordiosa absolvição.

Emanuel quer dizer: Deus conosco. Portanto, não devemos temer as astutas ciladas do inimigo de nossas almas, sabendo que Deus está conosco. Ele mesmo o disse: "Não temas, que serei contigo todos os dias de tua vida".

Amém!

Disse, ainda, o profeta Isaias, no capítulo 9, verso 6: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.

Que boa notícia!

Temos um maravilhoso conselheiro que nos orienta para uma vida santificada, a ser exercida em Sua divina presença; um Deus forte para nos livrar de todo o infortúnio; um pai da eternidade para nos receber quando formos chamados para estar com Ele. Ali, viveremos dias infinitamente maravilhosos, sem dores ou o mais leve sofrimento.

Aleluia!

Gosto do Evangelho de Lucas. O santo esculápio, em introdução à sua carta a Teófilo, disse que apesar de outros escritores sagrados terem empreendido narrações coordenadas dos fatos que se realizaram na época em que Jesus esteve entre nós, ele, o venerável doutor, os narraria na ordem em que aconteceram, para que conhecêssemos plenamente a verdade das coisas em que estamos sendo instruídos.

Lucas narra, gostosamente, o anúncio do anjo Gabriel a Maria, informando-lhe do advento de Jesus: "Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Ele será chamado Filho do Altíssimo". Comenta, ainda, sobre a mãe do Salvador glorificando a Deus por tê-la concedido a divina maternidade; informa a respeito do nascimento de Jesus em humilde manjedoura; conta do louvor de Simeão a Deus, quando este vê a Jesus pela primeira vez; narra sobre os ensinamentos do grande Mestre nas sinagogas; reforça a necessidade de a boa nova ser proclamada até os confins da terra; mostra os milagres que Ele realizou; demonstra a rejeição que teve de Seu próprio povo; e, finalmente, comenta sobre o sofrimento, a morte e a ressurreição de Jesus, para que tenhamos o privilégio de sermos salvos e de ganharmos a vida eterna.

"Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade", diz-nos o versículo 14, do capítulo 2, segundo Lucas. Nós, os nascidos de novo, os que aceitamos a Cristo como nosso Salvador pessoal, devemos repetir esse cântico com todas as veras de nossa alma, na certeza de que, de glória em glória, veremos a realização da divina promessa: Jesus salva, liberta, cura e nos redime de todo o pecado.

Amém!