(?) UM SONHO INCOMUM.

--Oh, você tem uma dessas??

--É... Dizem que em outras épocas era possível ver-se "canais"...

O aparelho mostrava apenas chuviscos.

UM SONHO INCOMUM.

Essa noite eu sonhei que tinha a capacidade de "resgatar pedaços de dados" da vida de outras pessoas. Fazia isto cada vez que "pescava", num tipo de transe muito louco e quase como aqueles induzidos por drogas recreativas... Minha namoradinha DDS, que na verdade é a menina que eu ando beijando NVR, aparentemente adorava que eu possuísse esse poder, pois pedia-me toda hora que fizesse mais uma vez (!), ao que eu sempre assentia e então ia pescar outra memória alheia. Não lembro exatamente quais eram essas memórias... (Queria poder lembrar. Mas não vai ter como, agora. (Digamos que elas eram "ROM." (Ready Only Memory...))

O que lembro, no entanto, é que, em seguida a esse parte do sonho-transe-maluquice eu me encontrava numa 1. casa desconhecida 2. cheia de gente desconhecida 3. ao lado de uma tailandesa desconhecida -- e safada, mas que ainda não aparentava sê-lo nesse ponto do sonho.. -- falando sobre alguma coisa. Falávamos de água, ou de qualquer coisa, talvez até significativa, que não consigo precisar... Em seguida, ela me mostrou um celular, desses comuns. Não sei o que fiz com ele e de repente já era o outro dia; nós estávamos no mesmíssimo lugar. Ela me mostrou de novo o mesmo celular, e deu umas risadinhas (inocentes, sério) quando achou que eu observava sua foto, no celular, sondando-me retoricamente ao perguntar/afirmar se/que não parecia, num nível de "primeira-impressão", com a moça da foto. (Que, patentemente, era ela.) A foto, notei, havia sido tirada na noite anterior -- a que passou sem exisitir, no sonho -- com um espartilho ou algo assim de couro, e os seios à mostra. (...Que eram meio esquisitos e quase nada atraentes, com os bicos bem grandes e achatados.)

Então, por motivos que não compreendo completamente, eu fui parar no quarto daquelas pessoas loucas. Na cama, havia um casal deles. A moça vestia uma espécie de espartilho, só que de pano e amarelo, e quase não possuía seios, apenas mamilos. (Que também estavam, só que parcialmente, à mostra.) Mesmo assim ela era bem mais sexy e mil vezes mais comestível do que a moça do celular, numa relação tipo puta/cantora de música gospel. Tá, perdõem-me pela comparação. Daí, percebi que ela ensinava a suas amigas algumas coisinhas canônicas-ritualísticas sobre o amor.

No meio da cama, havia um grande PORTÃO de ferro, de coloração avermelhada e que, logo pensei, devia ser uma metáfora da virgindade/castidade feminina. (Ou, enfim, uma metáfora demonstrativa ao homem do valor daquilo onde estava "a se meter.")

Como uma espécie de portal, que mais parecia um desenho animado trazido para a VR. Daí, incrivelmente, esse portal, que na verdade era um caminho, resolveu “abrir-se” a nós, e começou, de maneira a ilustrar seu discurso com imagens, a recitar umas coisas das quais que lembro parcialmente. Registro agora o que lembro: “Um coração, apenas, é -repleto-; Dois corações, -completos-”. Daí umas outras coisas, que, tenho quase certeza, as outras contagens de corações e outros adjetivos. Não lembro quais eram. E então: "Cinco [corações], paz” E o portão se abria e seguíamos pelo caminho recém-revelado, ou então era o portal quem seguia, como em uma projeção de cinema, porque eu lembro bem de estar ainda parado do lado da cama, ou então sentado nela... Enfim... À medida que avançavamos pelo caminho, ouvíamos, na voz do portal, a leiitura dumas outras inscrições didáticas, que se encontravam gravadas em dispositivos engrenosos responsáveis pela abertura dos portões subseqüentes. Lembro da "essência" destas: uma criticava a masturbação e a outra criticava as drogas. Daí eu resolvi acordar.

DDS = Dentro Do Sonho.

NVR = Na Vida Real.

http://puraloucura2.blogspot.com/

Cabeça de cu alada
Enviado por Cabeça de cu alada em 28/12/2010
Reeditado em 28/12/2010
Código do texto: T2695503
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