PORQUE ACREDITO NO TEXTO BÍBLICO

“A palavra doce multiplica os amigos, e mitiga os inimigos: e a língua discreta no homem bom produz abundantes frutos” (ECLESIÁSTICO 6-5)

Primeiramente gostaria de dizer que sou católico, mas poderia ser evangélico, mulçumano, judeu, ou devoto de qualquer outra religião, ou não ter nenhuma religião. Pois, a singela reflexão que pretendo fazer nesse momento, não é influenciada pela minha crença particular. Como também, creio que a religião não é em si mesma um fim, mas um, ou melhor, um excelente MEIO para se chegar a “sabedoria divina”.

Li recentemente uma ótima crônica publicada no RE sobre as imprecisões bíblicas. Concordo que elas realmente são muitas, pois os textos bíblicos em muitas passagens apresentam contradições. Tais falhas podem levar ao leitor desatento a desacreditar da veracidade e autenticidade da bíblia, tidas por nós, cristãos e judeus, como a “Santa Escritura”. Assim gostaria de apontar alguns pontos, que salvo melhor juízo, atestaria a veracidade e autenticidade do “livro sagrado”.

Um texto tão antigo: primeiros escritos datados a cerca de 6 mil anos atrás, e apesar das mudanças culturais que a humanidade passou, ainda continua sendo fonte inspiradora de milhões de pessoas em todo mundo. Logo, não poderia ser resultante de uma fraude, não se pode subestimar a inteligência humana por tanto tempo. Há que se considerar também, que os diversos livros que compõem a Bíblia foram escritos primeiramente em línguas antigas tais como: hebraico, aramaico e grego. Cujas traduções para línguas modernas poderiam em alguns momentos, não relatar o pensamento exato dos autores, mas com certeza, mantiveram a sua essência, tal a magnitude verificada em seus versos.

Por outro lado, as próprias falhas e as imprecisões apontariam para o leitor mais atento, a autenticidade do texto. Caso fosse fraude, as adulterações sobrepostas, com certeza, não deixariam transparecer as referidas contradições ou erros. Também, a linguagem usada na bíblia foi destinada primeiramente para as pessoas que viviam naquele momento histórico. Por consequinte, também seus autores estariam submetidos aos valores culturais da época, apesar da inspiração divina. Portanto, tem-se que ponderar que todos aqueles escritos foram elaborados baseados nos valores culturais da época da redação, onde a maioria da população era incauta e obviamente, não conhecia os avanços científicos dos tempos atuais.

A propósito, alguns trechos apresentam algumas alegorias, que para nós do mundo de hoje teria conotação bem diferente da época em que foram escritas. No entanto, Os “dez mandamentos” e o “sermão da montanha” apesar dos avanços materiais e culturais da atualidade, não se conseguiu produzir textos que superasse os princípios éticos, morais e as mensagens de amor e de esperança contidas nessas passagens bíblicas. Também, outras religiões como o Islã e o hinduísmo produziram livros sagrados magníficos, de extrema sabedoria e amor, cujos escritos em sua maioria, redigidos na antiguidade. Uma prova inegável, que Deus se manifesta a todos, independente de raça ou religião e em qualquer tempo.

A Bíblia não é um livro científico, logo não estaria presa aos rigores históricos. Para lê-lo tem-se que desarmar o pensamento, e usar simplesmente a alma para poder compreender as belezas contidas ali. Por meio desse antigo meio de comunicação foram reveladas as mais belas palavras do coração humano. Vislumbrando a partir daí, o plano do Criador para humanidade e Universo. O livro sagrado, a despeito de todos os crimes praticados em seu nome, pela insanidade de muitos, ainda continua sendo fonte de FÉ e ESPERANÇA para aqueles que o procuram.

João da Cruz
Enviado por João da Cruz em 05/01/2011
Reeditado em 16/01/2012
Código do texto: T2711208
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