Rio de Janeiro, cidade que precisa se movimentar já

Choro pelo Rio de Janeiro. Pois quem conhece essa cidade e o seu povo sabe do que eu falo. Cidade de um povo alegre, hospitaleiro, solidário e participativo.

Cidade de grandes relevos maravilhosos, florestas fantásticas e rios de águas sublimes.

Cidade de grandes festejos, arquiteturas diversas que nos dá uma noção histórica de um Brasil de grandes conquistas e sofrimentos.

Cidade que acalenta filhos de diversos lugares sem distinção, aonde comida, água e pão sempre se dividiu para alimentar outros irmãos.

Cidade que “hoje” precisa da solidariedade de irmãos próximos e distantes, de afago e carinho de pessoas que ainda tem em seus ninhos suas famílias protegidas.

Cidade “considerada” capital cultural do Brasil, geradora de grandes filhos em todos os campos sociais. Cidade que construiu história e participou de outras tantas.

Cidade geratriz de ícones políticos que decidiram, piores do que boas, tantas coisas para esta cidade.

Cidade que a religiosidade ecumênica se sustenta em uma mesma base, fé que segura esse povo.

Cidade de grandes problemas que a cada ano se repetem juntas com novas promessas.

Cidade em que os seus filhos políticos só se preocupam com os votos em épocas de eleições e nem se emocionam mais com o que vêem.

Cidade que os prazeres naturais faz o seu povo esquecer-se de seus problemas mais cruciais logo após tragédias tantas vezes repetidas.

Cidade que seus filhos votam, hoje, mais por emoção do que por razão, tipo “samba do crioulo doido”.

Cidade que paga um preço a cada ano mais alto e os políticos são os mesmos, agora de pai para filho, perpetuação eterna.

Cidade que não define políticas sociais com a participação popular é tudo pensado e articulado em gabinetes.

Cidade de instituições sociais de projetos políticos só para ganhar dinheiro e estatus.

Cidade que hoje e de um tempo prá cá vem pagando resgates espirituais indevidos por não se respeitar a natureza. Pois Deus, e a Espiritualidade de Luz, tenho certeza, não queria isso.

Cidade que urgentemente precisa expurgar o que não presta socialmente através dos votos e dos manifestos sociais de direito.

Cidade que precisa repensar os seus propósitos, suas culturas, a sua auto-estima, a sua candura e a sua beleza natural.

Cidade que precisa sacudir os seus segmentos sociais, diagnosticar, chorar essas novas feridas que se abrem e buscar uma cura eterna para esses problemas socialmente cruéis criados pelas políticas covardes, desrespeitosas, imorais e sem éticas aplicadas ao povo do Rio de Janeiro. Cidade que precisa se movimentar. E já.

Vicente Freire

14 de janeiro de 2010