CHOVE LÁ FORA CHOVE LÁ FORA

CHOVE LÁ FORA

Chuva fria e molhada salpicando de estalos o teto de zinco do meu galpão. Rapaz vai dormir, você não fica sem esse velho computador. Ele é muito velho sim, mas muito obrigado pelo gentil RAPAZ...

Desta vez a chuva A CHUVA ESTÁ MATANDO A PAU, não a pau não, está matando a água, muita água, enxurrada, inundações. O Assessor São Pedro caducou de vez. Esqueceu a torneira aberta.

Que nada, se é para ter culpado vamos fazer com o EL NINHO, ele é que é desembestado, vindo com as águas dos oceanos, em um qüiproquó sincronizado.

Quando a aguaceira aumenta é ele, quando diminui é a EL NINHA a culpada.

Só espero que esses termos em castelhano, ou espanhol, tanto faz. Se for argentino estamos “fudidos” esse povinho arrogante, principalmente os Portenhos só querem ferrar a nós, os Los Hermanos.

Ainda bem que os fenômenos independentes de nomes vem do mar, cujas leis estão longe da influência humana. Mas se deixarem a gente vai estragar a festa deles.

Para isso não temos poderes, se afrouxarem as redes, olha lá que a gente chega junto. Lixo pra cá, lixo pra lá. Estamos vivendo o ciclo do plástico. Nós o jogamos nas ribanceiras, as inundações levam aos mananciais que os distribui aos rios que os levam para os Oceanos.

Lá os peixes se alimentam deles Sacolas do Extra, Pão de Açúcar, Peralta, Bretas, Moreira, e outros cinco mil que existem por aí. Mais a maior ajuda vem do mundo todo...

Um sociólogo Gilberto Freire disse “Ciclo do caranguejo” que consiste come-los depois expeli-los ao mar e eles alimentam disso e depois a gente se alimenta deles.

Agora as sacolas(DIGA-SE DE PASSAGEM, A SEGUNDA MAIOR INVENÇÃO DA HUMANIDADE, cheias de outros resíduos vão par a o mar no “Ciclo dos Plásticos” , os peixes os comes e depois a gente os come...Tudo tem sabor de uma embolada alimentação casual...

Dentro em breve seremos sacolas, embornal, ou o que quiserem...Faz parte do brilhante porvir...

E a chuva continua caindo lá fora, “barulhando” o telhado do meu galpão solitário de onde continuo a escrever.

Goiânia, 22 de junho de 2010.

Goiania, 17 de janeiro de 2011.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 17/01/2011
Código do texto: T2734236
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