Valores da Vida.

O que dá vazão à propulsão seqüencial dos dias, ou melhor, o que nos motiva a levantar da cama todo dia de manhã? Uns podem dizer que são os filhos e a família, o trabalho, os afazeres, outros a esperança e a fé, outros ainda podem dizer cachaça ou pulgas, mas é certo que a maioria se levanta, quer queiram ou não, a não ser os impossibilitados, cada qual com seus problemas de cada dia, se levantando com o pé direito, esquerdo, os dois ou com a cara no chão, é certo que se erguem, prosseguindo andando, sentados ou se arrastando pelos dias vindouros, a fio..., e eu sou um deles, aqui sentado, escrevendo estes impropérios vãos, alquebrado, avassalado por milhares de sistemas anímicos-corpóreos de dias que se seguem...

“E a vida é uma ordem!”, não adianta lutar contra, correr contra a maré e se intitular um misantropo, isso não existe mais, tamanha a proximidade entre os homens.

E os problemas são das mais variegadas hipóteses e possibilidades, circunstanciais a cada indivíduo, cada um vendo o seu como prioridade, mais importante do que o dos demais, e isso é normal, uma vez que a luta pela vida é implacável e não admite concorrentes; ou é ou não é você, sem alternativas, e o segundo lugar não conta pontos na persecução genética de cada qual. Portanto, é sempre bom estar entre o primeiro ou o último lugar, eis que o meio termo é esquecido. Neste diapasão, é bom lembrar que Ed Wood se tornou mundialmente conhecido como o “pior” cineasta de todos os tempos, o último da lista (será?), lembrado por sua precariedade, porém não menos importante que o primeiro lugar da época, o qual agora não me recordo.

Temos de aprender a sermos duros como rocha na hora oportuna e flexíveis como bambus em outras. É a maleabilidade de suas idéias que te manterão vivos o quanto mais possível. É preciso dar a cara a tapa e ao mesmo tempo saber socar como um bom boxeador. Temos que ter ritmo de vida, pois o ritmo é o óleo que nos mantém mais tempo em atividade, senão seremos velhos decrépitos em pouco tempo. Ritmo, porém, observo, com parcimônia, assim como tudo na vida exige equilíbrio. Ou viva pouco e exploda em bons atos, palavras e deixe fortes recordações, ou se vá ancião, com sapiência original, única, incomparável.

É importante não ficar pela metade, no meio do caminho, atabalhoado, esperando o exemplo do próximo, feito criança pusilânime que aguarda a “cola” do amigo da carteira da frente. Use as idéias para construir bons dias, mesmo que porventura obstado por risadas ou lágrimas alheias, ou mesmo diante uma muralha de inimigos fortemente armados, faça VOCÊ sempre o bem! Fazendo por si o mundo agradece de mão cheia. Além de ajudar a si estará certamente transmitindo ao mundo bons exemplos e fluídos.

E a dopamina, aos pseudo-desavisados, é importante que não sofra queda! Sabem o que digo. A salvação está logo ali do lado..., basta dar um passo adiante..., ou girar o botão da estação..., como diria o mestre Raul dos Santos...

Cansado de tanto “entorpecimento” o homem da idade média deixou o medievo e rumou para a “luz”, voando em seguida... E é bom não se esquecer da dopamina, que àquela época não passava de tenra menina... (frase retirada da mente de um delinqüente num dia quente de verão, onde sua mente, naquele momento, nada mais era que a ilusão e o entorpecimento de uma errônea visão...). Sem rima, baixaria, frescura ou chavão...

Prometa mais do que você pode fazer, porque você, caso um cara sério, ultrapassará seus limites momentâneos em busca da solução almejada. Dê o máximo, no bom sentido da expressão.

E quando o corpo pedir arrego, dê passagem para alma e evolução! Não se apegue a mesquinharias, pelo amor no que você tiver dentro de si, pois vinho bom entorpece com requinte. Deram-te a vida; cabe agora a você viver a morte! É o peso e a medida, a grande responsabilidade (greatest hits, rsrsrs), segundo Sêneca.

“Não fica doente não, pois não tenho como ajudá-lo”, disse um pai a seu filho, aos prantos, em sua língua, em plena ditadura de Franco, Espanha.

É vida pode parecer horrível ou um mar de rosas, depende do prisma que se vislumbra, mas é puro fruto da sensibilidade. O excesso não é a verdadeira satisfação, creia!

Você pode até perder as estribeiras em determinado momento, mas sua mente sempre estará monitorada pela Santa Mãe Natura, quer você queira ou não. Queira!

Levanta da poltrona, mesmo que sexta feira à tarde, e faça algo que possa mudar o rumo de seus dias! Você, nem eu nem ninguém sabe de nada; supomos; suponha você também!

Só não vá morrer de infarto do miocárdio no dia em que o Palmeiras comemorará seu pentacampeonato brasileiro! Pode ser de qualquer outra coisa, menos infarto...

Savok Onaitsirk, 19.01.11.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 20/01/2011
Reeditado em 20/01/2011
Código do texto: T2740367
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.