OBSERVANDO A CHUVA QUE CAI

Observando a chuva que cai agora, nesse domingo 23 de janeiro de 2011, eu volto a pensar e repensar os conceitos que nos ensinam que tentam nos transmitir sobre a capacidade de criar do homem...

E vejo que o homem tenta superar suas próprias expectativas, por vezes o homem tenta ser Deus, tenta fazer tudo, criar tudo, resolver tudo, e tenta ate criar, inventar maneiras para manter contato com seres que nós não sabemos se existi, os chamados ET’. E gastamos milhões em tecnologia, em estudos, em formação de cientistas, em capacitação dos cientistas, para descobrir, para tentar descobrir se realmente existem vidas em outros planetas. Enquanto isso nosso planeta, nossa terra, nossa casa, jogada, abandonada, a mercê de nossa própria irresponsabilidade.

E vendo a chuva que cai, a água que cai eu sinto uma dor no peito, uma angústia por querer guardar essa água, estocar para quando faltar eu ter essa reserva de água, por que Deus nós dar a água.

E aqui no nordeste no sertão de Pernambuco, quantas vezes faltou água, quantas vezes eu que hoje estou com meus 43 anos de idade vi os carros-pipas abastecendo as casas e vi também pessoas literalmente brigando por uns poucos litros a de água. Vi essa cena inúmeras vezes.

Meu Deus, nós aqui brigando por água, mais a chuva vem, e para onde vai toda essa chuva? Toda água dessas chuvas que caíram para onde foi? Perdeu-se? Como diria minha mãe “estruiu-se” desperdiçou-se!

E quando mais tarde nos faltar água diremos: O céu nos castiga! Deus esqueceu-se de nós!

Mais a verdade é que Deus não se esquece de nós! Deus não esquece nenhum de nós, porque Deus é Pai, não é homem para que minta nem filho de homem para que não cumpra suas promessas. Nós sim somos falhos, não somente no que diz respeito à parte religiosa, espiritual, somos falhos, por nos preocuparmos sempre com o que está mais distante, e esquecermos o que está ao lado, o que está próximo. E novamente eu volto a pensar no lado espiritual, nas palavras que contém naquele livro chamado Bíblia, que eu creio que contém a palavra de Deus, onde foram resumidos todos os 10 velhos mandamentos em apenas dois: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo, como a ti mesmo”.

Veja: “ao teu próximo” Não foi dito ao teu distante. Não que o distante não seja importante, mais o teu próximo é quem está aqui do lado...

E quantos de nós estendermos a mão ao próximo... Quantos?

Volto a ver a chuva que já está parando e a água que desce, desce, se perdendo por ai fora. Porque nós não temos capacidade de pensar, de criar, um modo uma maneira de não deixar que toda essa água que caí seja desperdiçada. Porque para nós nordestinos ela é muito importante. Ela faz falta. Ela á diferença.

Estou consciente de que nos Estados de Minas, Rio, São Paulo e até Santa Catarina sofrem pelas chuvas.

Mas o que ocorre nesses estados também não é obra de Deus não. O que acontece é mais um descuido, um descaso do homem, por achar que pode se desfazer da natureza, que pode jogar o lixo em todo e qualquer, lugar, que pode fixar residência em qualquer lugar... E o pior é que não é a primeira vez que isso ocorre e lamentavelmente muitas vidas foram ceifadas.

Quando alguém fará alguma coisa? Quando alguém tomará uma decisão para sanar esse problema? Cruzamos os braços e culpamos os governantes.

Levantamos nossas mãos para o céu e pedimos clemência a Deus, e dizemos Tem misericórdia Deus! E até culpamos a Deus. Mas, e nós? O que nós fizemos para que isso não acontecesse? Por que é mais fácil culpar as autoridades, culpar a Deus? Por que não procuramos nós mesmos em tentar resolver?

Por que quando tudo está bem, quando não temos problemas,não nos lembramos de autoridades muito menos de Deus?

Por que só lembramos-nos de nós somente nós.

Mais quando o problema vem, quando a desgraça acontece, procuramos imediatamente um culpado. Na verdade que seres somos nós? O que aprendemos? O que queremos? O que buscamos?

Eu sinceramente não sei.

Martiniana G.S.Ferreira

Araripina – PE/Brasil 08h50min

Martiniana Gomes Silva Ferreira
Enviado por Martiniana Gomes Silva Ferreira em 24/01/2011
Reeditado em 17/02/2021
Código do texto: T2748926
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