Existencialismo Corrente

Pouquissímas lembranças temos dos primeiros anos da nossa existência; com o avanço do tempo que corroi o ferro, e o fogo que destroi o aço, assim o tempo não dar conta do que vivemos. Só nos resta saber que existimos. De que forma, só o arquivo morto da memória, talvez, um dia se nos revelará.

Pensando bem, ainda em dias atuais de nossa fase adulta do viver estamos sempre a esquecer. E esquecemos os nossos amores e dissabores. E assim, também, os postulados que nos impõe à vida. Desta maneira vamos se nos declinando gradativamente à fase de entropia, se nos distanciando da condição da existência física.

Envelhecer, ou alcançar o tempo com mais vida, significa oportunidade para galgar degraus na evolução. Uns avançam tanto, que chegam a Deus; outros tanto avançam que se distanciam de si mesmos. E assim construímos a nossa vida, ou se nos destruímos. Na verdade jogamos fora uma oportunidade a mais de crescer nesta vida.

Não é preciso santificar-se para para ser capaz de amar, ou doar-se. Basta-nos que se nos despojemos da vaidade. A vaidade é uma pisicose crônica por que vivem àqueles que englobam à raça humana. E neste momento de ilusória transitoriedade de vida se nos perdemos na luxúria do nada, nos envergonhando diante àqueles que se distanciam da materialidade efêmera para o existencialismo concreto a que todos estamos proscritos. Aceitando, ou não, as regras deste jogo, postergamos o nosso avanço à senda do do infinito, sempre que nos mascaramos diante à vida.

Ou entendemos que a nossa vida em matéria é meramente transitória, e não um eterno palco de meras ilusões; mas sim uma trajetória de vida a ser vivida com responsabilidades presentes e futuras, ou estaremos fadados a se nos perder nas curvas desta curta existência, tal como àqueles que mergulham no mundio das drogas.

E escondendo-se dos seus medos e desenganos; perdem-se ainda mais, diante as farras e grandes espetáculos ilusionários da vida. Como fuga, os normais buscam o domínio e controle das massas através do Império da Política administrando a brutal anomalia do enrequecimento material-ilegal-inútil e as pirotécnicas apresentações públicas.

Anarco-palhaçadas e etiquetas fantasiosas de como se comportar entre si em seus encontros bestiais. E vestem-se exuberantemente para esconder as suas vergonhas. E não conseguem!

O importante é se nos despirmos diante o outro e desavergonhadamente observarmos porque somos lindos. Para tanto é necessário tão somente termos a coragem de se nos despir diante o outro fazendo com que essa nudez nos transmita que vergonhoso não é ficarmos nus; mas é quando se nos escondemos encouraçados a se nos fantasiar bestialmente para se nos apresentar nos carnavais de sangue que banham a sociedade humana que vive a se maquear com pó, farinha ou propriamente dita cocaína e outros alucinógenos verossimilhantes.

Santo Antõnio de Jesus, 17/08/2003.

evangelista da silva
Enviado por evangelista da silva em 31/01/2011
Reeditado em 04/03/2011
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