"Ama-me com ternura"

Li em algum lugar, algo que dizia mais ou menos isto: “ como diz o poeta: o amor é eterno enquanto dura; eu prefiro dizer: o amor dura enquanto é terno”. Isto me faz concluir que a ternura é uma vertente do amor.

Para aqueles que se dizem amar, parem um pouco e pensem: lembro e penso no meu amor com ternura? Há ternura no meu relacionamento? Esta é uma boa maneira de avaliação dos nossos relacionamentos, e isto em todo e qualquer nível.

A mais famosa das músicas do grande mito Elvis Presley, nós a ouvimos e não refletimos, mas ela nos diz: “love me tender (ama-me com ternura)”. E eu questiono: há alguma outra forma de amar? Se amamos, mas em dado momento paramos e nos perguntamos se amamos ou não com ternura, este amor não é o legítimo.

Compreendo que o verdadeiro amor, o amor com ternura, é o amor doação, desprendido, desinteressado; é aquele que é vivido em toda a sua intensidade, mas nem por isso se esgota, ao contrário, sua vivência se auto-realimenta e sua energia incide sobre os amantes e as pessoas que formam seu círculo de amizade, mantendo-o sempre vivo.

Um amor que é ou foi vivido com ternura, mas que por quaisquer circustâncias, tenha sofrido abalo, e por um motivo ou outro tenha separado seus amantes, não irá separar deles, a essência do que foi vivido, compartilhado, e dentro do “coração” de cada um ficará guardado e aconchegado para sempre, este sentimento que ao nascer, poderá até com o tempo, ser transformado, mas jamais, será extirpado.

Wanusa Pinto
Enviado por Wanusa Pinto em 02/02/2011
Código do texto: T2768250
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