Meu presente para você é a VERDADE!

Acho que todos nós entendemos um pouco da arte de representar. Somos atores em certas situações da nossa vida. Ora para dissimular sentimentos, fugir das responsabilidades que traz uma decisão, para fingir um estado de espírito ou mesmo para satisfazer pessoas que esperam muito de nós. O pior de tudo é que somos atores para nós mesmo, inclusive. Quem nunca forçou um sorriso somente para acreditar que realmente quer sorrir?

Hoje, por ser um dia único e muito significativo, eu não vou representar. Meu presente para você é a verdade de mim. Tiro o meu figurino e abandono minhas falas já escritas e exponho o que realmente se passa comigo. Considere-se uma pessoa especial – por favor, sem pretensão nessas minhas palavras. Acho que deveria se sentir assim porque, às vezes, nem para mim mesma conto essa verdade. Me engano com falsos planos futuros, planos que não incluem você. E é por isso mesmo que me engano, achando que essa trajetória será suficientemente boa sem você ao meu lado.

Eu te amo! Essa é uma das verdades que ainda escondo. Não sei se disfarço bem isso, na verdade não sou uma boa ‘mentirosa’, mas tento não demonstrar que ainda te amo... Nem para você, nem para quem quer que se interesse por isso e, por mais patético seja isso, nem para mim eu confesso que te amo. Mas, em uma situação eu mereço mérito: não te procuro em outras pessoas. Elas serão insuficientes. Não há abraço mais aconchegante, nem olhar mais sedutor. Não haverá maior pureza de sentimentos e nem beijo mais verdadeiro. Com isso eu não me iludo.

Às vezes saio desse palco que eu mesma montei e lembro dos nossos dias tão reais. Há que se fazer isso – não só pela delícia que é viajar num passado ainda tão vivo – mas para lembrar que as farsas podem ser desmanchadas. Eu insisto em chamar de passado uma vivência tão presente. Mas, explico que essa colocação quis expressar algo vivido há algum tempo e não referenciar uma situação que já passou – até porque não passou!

Entenda que isso é um presente (como já falei, sem querer ser pretensiosa) – não há, pelo menos por enquanto, o que se fazer com ele - eu acho. Apenas o guarde, aí, em seu coração, se achar que vale a pena. Quem sabe um dia, quando eu for dona do meu próprio teatro, não precisar de aplausos alheios e quando eu souber administrar sentimentos diversos, montarei minha própria peça, com falas verdadeiras. Você será convidado a integrar o elenco, claro, como protagonista da minha vida. E dessa vez, não será um drama!

Sheila Liz
Enviado por Sheila Liz em 03/02/2011
Código do texto: T2769542
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