O QUE QUEREMOS

Queremos entender o que se passa nos corações humanos. O porquê de tanto fechamento às questões humanas e tanta abertura às questões desumanas.

Queremos entender a mente: o que é que leva um ser humano a agir equivocadamente deixando o seu lado “lobo” falar mais alto.

O que queremos entender é uma parcela que significa muito e se entendêssemos talvez teríamos argumentos o suficiente para convencermos um indivíduo a pensar, falar e agir como ser humano que é. Não como animal que predomina.

Mas há um vazio que se exalta como a mais pura ação. Há uma falta de atitude que exala na mais alta da canção. Há pensamentos e posições equivocadas que geram o ser humano animal.

Queremos atitudes leais. Gente que ame gente. Ser que busque o bem comum. Gente que aja com a cabeça e o coração e não apenas pela emoção ou fraqueza da carne. Queremos gente de valores. Gente que valorize o que tem e se não puder ter, que não se sinta no fim do poço. Gente que não coloque a moda como centro de sua beleza, mas que a sua beleza tenha a sua própria moda, no sentido de valorização das coisas simples e das pessoas mais humildes. Gente que valorize a beleza interna. Gente que trabalhe honestamente. Pessoas que sejam amigas de verdade uma das outras. Queremos sabedoria nos papos cotidianos. Queremos humor sadio. Não o humor sádico. Queremos amor nos corações, fidelidade ao sentimento, pensamentos de que amar faz bem. Chega de poluição mental! Estamos cercados de cobras e lagartos que nos derrubam sem nem mesmo nos darmos conta. Chega de falsidade nos convívios pessoais. Queremos adultos sendo adultos e crianças agindo como crianças e não como adultas. Queremos a infância e a responsabilidade novamente. Queremos amor fraternal e amor de verdade. Que ao falarmos que amamos alguém, que digamos com convicção e certeza do que estamos falando e não como quem fala sem pensar e apenas para alimentar falsas ilusões em um ser que provavelmente ama de verdade. Queremos mudanças para que o ser humano ainda ache o tempo para limpar as sujeiras internas que tanto acumula. Só assim o humano será humano e não animais de estimação que convivem com pessoas, aparentemente são queridos, mas que no fundo, vivem isolados e subordinados a agirem da mesma forma sem tomar nunca uma direção e sentido nas coisas do dia-a-dia.

Enfim, queremos multidões desenvolvendo o seu universo mental para que o vazio interior não domine a humanidade.