CALADAS AS VUVUZELAS; SILENCIADAS AS CORNETAS...

Calaram-se as vuvuzelas na África. Silenciaram as cornetas no Brasil... Dois continentes, estão agora mudos; África e Brasil.

O esporte futebol, tem esta capacidade; a capacidade de silenciar um estádio (Maracanã 1950, é prova disto), de silenciar um povo, uma nação, um continente...

Na África, seria fácil apontar a causa do fracasso. O futebol africano é, na sua essência, tão bonito quanto o nosso pode ser, mas a pressa das suas nações em obter retorno financeiro e político, fez com que seus dirigentes pulassem etapas, em relação ao desenvolvimento do talento natural, do artista africano da bola. Técnicos europeus então, foram contratados para ensinar aos africanos, os mistérios da bola e os segredos do jogar futebol. Com suas táticas, seus esquemas e seus sistemas, levaram o futebol africano, ao lugar comum do futebol europeu. O lugar comum da correria e da força. O lugar comum do futebol de resultados; tudo isso em detrimento da técnica e da arte. O futebol do continente negro portanto, morreu muito antes de nascer... e foi enterrado, juntamente com o canto longo e monótono das vuvuzelas; todas agora, caladas...

No Brasil, nossas cornetas foram também caladas. Caladas pela prepotência de uma entidade, pomposamente chamada pelo nome de Confederação Brasileira de Futebol. Esta, entregou o comando do futebol brasileiro, a dois generais (Dunga e Jorginho), grosseiros, mal educados e mal preparados, além de prepotentes também e incompetentes também e arrogantes também... Ambos, do alto da sua arrogância, ignoraram a voz do povo e trilharam o mesmo caminho africano; a correria e a força, em detrimento da arte... Como no início do trabalho, alguns resultados enganosos aconteceram, a maior parte da mídia, somente comprometida com ela própria, apoiou. Apoiou, mas como Maquiável. Ficando covardemente ao lado do suposto vencedor, mas torcendo no íntimo para um tropeço, porque sabe que é o seu noticiário, a sua palavra que, em caso de um revés (como efetivamente aconteceu), apontará um culpado e terá a concordância maciça, da torcida brasileira. Junto aos já citados Dunga e Jorginho, o jogador(?) Felipe Melo, é o melhor candidato a vilão. Pelo visto, dos jogadores, será ele que, apesar de ser o menos culpado pelo desastre (não foi ele quem escolheu estar lá), assumirá toda a responsabilidade pelo fracasso da seleção, pela arrogância dos seus comandantes e pela auto-suficiência e pouco futebol de dois falsos craques; Kaká e Robinho... E as cornetas, por tudo isso, se fizeram silenciosas. O único som a se ouvir agora, é o lamentoso toque de silêncio. Um triste toque; um triste silêncio... Que chore então a mídia, sobre a sua passividade maldosa e sobre a sua falta de compromisso com a verdade. Que chore a torcida, idiotizada e induzida pela mídia e por alguns ídolos de pés de barro, como os dois acima citados. Que chorem Dunga e Jorginho, sobre a sua arrogância e sobre a sua insana e burra incompetência. Eu, que nada tive a ver com todo esse processo e que sempre me coloquei contra eles e contra essa seleção fajuta, me morro, de tanto rir...