Antes que a música termine

Aos domingos gosto de anoitecer em casa. Por esta razão não marco nenhum compromisso após o horário de almoço, não por causa da sesta, que não a faço. Sou daquelas pessoas de hábitos, que funcionam bem com a rotina. Dormir cedo para acordar cedo e enfrentar bem a segunda-feira. Este domingo chuvoso foi uma exceção, tão bem sucedida que penso em repetir.

Durante a semana, duas amigas - ambas de nome Vera -, comentaram que assistiram ao filme Cisne Negro, dirigido por Darren Aronofsky. Adoraram, apesar de uma ter saído “demolida” e a outra “desmontada” do cinema. Palavras delas. Comentei com outra amiga e esta espalhou a notícia de que havia um filme “daqueles de chorar” para vermos neste domingo. Lá fomos nós, em cinco, ao cinema. No primeiro terço do filme eu até chorei, porque não posso ver balé, nem ouvir música clássica, sem chorar, mas nada que me “desmontasse”.

Na continuidade o filme se mostrou realmente imperdível. De grande sensibilidade humana e arte. Deu-me vontade de ficar até ver a última letrinha subir e desaparecer na tela branca. Quando o filme é bom não gosto de sair antes que a música termine. Como não estava sozinha, tive que cortar as letrinhas ao meio e sair. Mas saí em êxtase!


A história, que não irei contar aqui, pois perderá a graça para quem ainda não viu, envolve muita, muita coisa. Envolve inclusive, mas não só, a difícil vida de bailarinos, o balé “Lago dos Cisnes” adaptado à história e a maravilhosa música de Tchaikovsky, que ficará tocando por dias e dias feito um pássaro raro desses que cantam dentro do peito da gente.


meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 14/02/2011
Reeditado em 22/09/2011
Código do texto: T2790873
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