Eterna mente jovem

Na capa da revista a manchete: “O amor não tem idade!”. Logo abaixo a fotografia de uma atriz de quarenta e oito anos de idade e seu companheiro. O detalhe é que, não fosse a extensa filmografia, à atriz não daríamos nem trinta e três anos, idade do seu jovem marido. Nem tão jovem assim... Casados há cinco ou seis anos certamente foram protagonistas de várias manchetes dessa natureza.

Alguns homens, desde que o mundo é mundo, do lado de lá da mídia ou do lado de cá, depois de alguns anos costumam trocar uma mulher de quarenta por duas de vinte. Algo assim, dizem. Algumas mulheres buscam a igualdade em atitudes semelhantes. Nada de mais.

Por outro lado, mesmo para aqueles que vivem da imagem, há quem não deixe passar em branco um falso elogio. Em entrevista para a televisão local, um ator sentiu-se ofendidíssimo depois de a entrevistadora fazer-lhe um comentário típico: “Setenta anos? Ah, é jovem!”. O ator, acostumado a esmiuçar textos, respondeu-lhe que ser chamado jovem aos vinte e cinco anos é normal. Depois disso, é ser tratado como retardado. Esta, a ideia. Outras, as palavras que já não lembro.

Somos muito sensíveis à idade. Não é sem motivo que as indústrias de cosméticos prosperam. Fotografam meninas de treze anos para vender seus produtos. Nas clínicas estéticas de tanto serem repuxados os olhos ficam totalmente verticalizados. Embora tenha coisas que não se consegue disfarçar, sem dúvida, a vaidade faz parte do ser humano e é melhor ser vivida no físico do que tornar-se arrogância na mente. Agora, cuidado ao contar as experiências... O ouvinte atento pode somar os anos facilmente!

meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 15/02/2011
Reeditado em 22/09/2011
Código do texto: T2794150
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.