Resumoo de um Gosto

Não sou dono de nada, nem das palavras

Não sou dono do mundo, como dizem muitos por ai

Sou apenas dono de alguns pensamentos que me guiam

Curto a natureza em sua plenitude, em seu vigor

Gosto dos sabores, da cebolinha, da salsa e do morango

Gostaria de inventar um novo sabor

Com gosto de mistura, de chiclete com arroz e café

Uma mistura de gosto diferente, diferente de tudo

Criar deve ser isso, inventar uma coisa qualquer

Inventar o mundo, como criaram, como inventaram

Veio a explosão, e aconteceu

Surgiu tudo isso abaixo dos nossos olhos

E o ser humano não se preocupa, não liga

As ruas das cidades, as estradas, as matas e os rios

Estão sofrendo, estão acabando, por descuido do ser humano

Por descuido da honestidade de todos nos

O ar está mais e mais contaminado, mais poluído a cada dia

Ontem, hoje e depois de amanhã, estará muito mais, muito mais contaminado

E o planeta continua suportando, garrafas pet, lixo e mais lixo diariamente

Num vai e vem, como as ondas do mar,

Queria inventar uma coisa, uma palavra que pudesse alertar, chamar a atenção

Queria ter o don de criar essa palavra, que não encontro mesmo em nosso alfabeto

Uma palavra com sentido de "cuidado", de "não faça isso", de "por favor"

Seria difícil criar, eu acho, pois já teriam criado uma

Na verdade, tudo já foi criado, tudo que temos, e o que procuramos criar

Talvez, a palavra fosse "responsabilidade"

Responsabilidade nos atos, no pensar, no cuidado com o planeta

Não sou dono da palavra, das palavras

Sou dono dos meus atos...

Rômulo Cabral
Enviado por Rômulo Cabral em 18/02/2011
Código do texto: T2799618
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