O Flamengo e a Taça.

Houve um tempo, em que a norma era não ter respeito às regras, quem podia mais, mandava mais.

O “jeitinho brasileiro” enaltecido, como característica do povo oriundo destes rincões, era tratado em prosa e verso, por poetas e escritores, romanticamente.

O “malandro carioca” paradigma da mais nobre estirpe, serviu de modelo até para desenho animado e em quadrinhos, de famoso desenhista americano.

O grande objetivo na vida era “se dar bem”, “levar vantagem em tudo, certo.”

A mídia e os marqueteiros, utilizando um famoso jogador, na época, como “garoto propaganda”, difundiram a chamada “lei de Gerson”.

O mundo evoluiu, nós também e, acreditamos que a ética, a responsabilidade, a integridade, o respeito às leis e aos cidadãos, houvessem, finalmente, fincado entre nós, com naturalidade, inerentes à nossa formação moral e cidadania.

Mas, eis que estudantes e cidadãos, indignados com absurdo aumento das passagens de ônibus/metro, para quem ganha o que ganha um trabalhador médio em São Paulo, a maioria, impagável. Revoltou-se. Rebelou-se, pois, todos votaram no mesmo candidato, acreditando em suas palavras.

Em Minas Gerais, a população, a quase mês, sem água, revoltou-se, rebelou-se.

Assim com em São Paulo, a policia, sufocou-os a balas e bombas e a mídia os chamou de baderneiros.

Na Líbia, o mesmo aconteceu, o exercito, tratou a população com as mesmas balas e bombas, só que foram chamados de cidadãos, pela mesma mídia.

O que tem haver uma coisa com outra?

A indignação do restante da população brasileira, que não houve.

O que o time carioca fez, foi o famoso “caxixe” dos advogados das” Terras Do Sem-Fim”, um desrespeito à Constituição brasileira, a algo de há muito, transitado em julgado.

Desrespeitar a Constituição de um país é desrespeitar a todo o seu povo, independente de time, religião ou facção política.

Ser cidadão, considerar-se como tal, é não admitir, por mais ínfima que seja, qualquer violação de seus direitos como cidadão.

Indignar-se é antes de tudo, uma obrigação.

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Isidoro Machado
Enviado por Isidoro Machado em 24/02/2011
Reeditado em 25/02/2011
Código do texto: T2811910
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