A taça de ouro

Quando em português eles dizem “Obrigado”, independente do sexo da pessoa para quem é dirigido o agradecimento, e elas dizem “Obrigada”, do mesmo modo, se cria uma atmosfera gostosa de reconhecimento para quem falou e para quem ouviu. Em espanhol dizemos “Gracias”, o que me faz lembrar a poesia cantada “Gracias a la vida”, de Violeta Parra. Em italiano se agradece com “Grazie”, que tem a graça cantante da língua do imortal Pavarotti. Em inglês, quem não conhece a expressão “Thank You”? Em francês, língua mais romântica do mundo, podemos dizer “Merci beaucoup”. Apesar de conhecer apenas uma ou duas dessas línguas a maioria de nós sabe reconhecer aí palavras de delicadeza.

Quando na ânsia do infindável querer, nós nos sentimos vazios de algo que não sabemos bem o que é, pode ser uma boa pedida, simplesmente, agradecer! Os mais religiosos utilizam a prece, outros se socorrem da repetição, como um mantra, da palavra que lhes represente gratidão até obter a tranquilidade desejada.

Porém, há momentos em que não precisamos de um motivo específico, nem de angústia, nem de vazio, para a ação de graças. O ouro está justamente no reconhecimento da dádiva da Vida! A taça vazia que estendemos ao universo e que é devolvida com a medida diária de amor, de amizade, de letrinhas e de problemas, com seus significados e aprendizagens. A cada dia, um novo tesouro. A cada instante, uma nova graça.




Adaptação de comentário meu deixado no BVIWtecendoletras
                                                                                                                       
meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 08/03/2011
Reeditado em 10/07/2011
Código do texto: T2834899
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