A REBELIÃO QUE NÃO HOUVE...

A REBELIÃO QUE NÃO HOUVE...

O C13 (como aliás, os outros órgãos envolvidos com o esporte), foi sempre um calo no meu pé. Somente em duas oportunidades, estive ao seu lado, torcendo para que ele saísse vitorioso de uma pendenga; no processo de reeleição de Fabio Koff, que concorreu à presidência do Clube dos Treze contra Kleber Leite (um Eurico Miranda mais sutil e por isto mesmo, mais perigoso) e agora, neste embate entre ele (C13) e a dupla GLOBO/CBF. Dupla esta, que usa a megalomania de Corintias e Flamengo, para fazer com que eles se apresentem, iludidos pela mania de grandeza, como os combatentes do "front" nesta batalha, ou mais precisamente e na realidade, como massa de manobra.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), reafirmou que, independente dos clubes negociarem os direitos de transmissão dos seus jogos, individual ou coletivamente, todas as determinações estipuladas por ele (CADE), terão que ser cumpridas, principalmente aquelas que se apresentam as mais importantes; a concorrência com envelopes fechados, regras claras e sem benefícios a nenhuma emissora, o fim da preferência à Globo e o fim de apenas um pacote, com todas as mídias.

Considerando essas determinações e a ameaça do Clube dos 13 em fundar uma "Liga Independente", os clubes se dividiram (viva Ricardo Teixeira!) em dois blocos. O bloco daqueles que apoiam o C13 e o bloco dos dissidentes (que tentam aparentar independência, mas que estão a serviço da GLOBO/CBF). Estes, os dissidentes, clubes grandes pela sua história, mas pequenos, covardes e mesquinhos, pelas suas ações administrativas, mudaram de lado, imaginando poder tirar vantagens ao apoiar a CBF e mais Corintias e Flamengo. Não conseguiram eles entender ainda, que ficar ao lado dessas entidades, é ficar a sós e frente a frente com o dragão (GLOBO). A CBF não irá se indispor com a Vênus Platinada, para apoiar Fluminense, Botafogo, Vasco, Cruzeiro, etc. Quanto a Corintias e Flamengo, eles se julgam muito superiores às outras agremiações, para dar apoio a qualquer uma delas, nas negociações com a emissora global.

Se tivéssemos hoje no nosso futebol, alguém com respaldo moral e político para unir todos os nossos grandes clubes, o futebol brasileiro teria encontrado a redenção; a sua carta de alforria... A malandragem do Teixeira, ponto de partida de toda essa confusão, teria sido um tiro no pé e os clubes poderiam então, fundar a Liga Independente e se livrar da inoperância do C13, da arrogância da CBF e do jugo indecente da GLOBO. Uma pena, que faltem homens honestos na direção do nosso esporte em geral. Aliás, para ser mais correto e como já disse antes, o problema não é a falta de homens honestos, mas sim a falta de homens e honestos...

Apesar de tudo, não creio que toda esta celeuma, dê em alguma coisa produtiva. Acredito mais, que tudo continuará como está e que todas as ameaças e tentativas de mudanças, ficarão esquecidas pelo caminho. Serão apenas, como se dizia antigamente, fogo de palha; muita fumaça e pouca (ou nenhuma) chama...

Sergio Pantoja
Enviado por Sergio Pantoja em 09/03/2011
Código do texto: T2837064
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