Emocional

Quantos problemas assombram nós mulheres.

Neurocientistas acreditam que nós mulheres, somos mais suscetíveis a doenças como a depressão.

Porque será?

Foram tantas as mudanças que ocorreram na vida das mulheres...Muitas provocadas por elas próprias. Mudanças sociais...Comportamentais...Afetivas...

Uma liberdade,uma indepêndencia sonhada, tão requerida...

Será que tantas metamorfoses,podem acarretar cobranças tão acirradas, ao ponto de nos levar a um quadro depressivo?

Se hoje estamos téte-à-téte com os homens, na diária competitividade profissional,já sendo muitas vezes enaltecidas e reconhecidas como mais competentes.

Se não perdemos o controle de nossas múltiplas tarefas, tendo duplas jornadas.

Se somos mães preocupadas, dedicadas, amantes criativas, amigas e tantas mais pessoas numa única só pessoa.

Porque será que mesmo em meio a tantas vitórias, de tantas conquistas pessoais e profissionais ainda estamos no ranking do sexo mais preponderante a depressão?

Será que somos tristes por natureza?

Ou será que a nossa essência grita mais alto?

Na verdade somos emocionais. A natureza feminina e a natureza masculina são diferentemente definidas com uma curta frase. Razão e coração.

Neurocientistas acreditam que temos mais propensão à depressão, devido a substâncias neurotransmissoras que desencadeiam mais estresse, e quanto maior a carga de estresse mais depressiva a pessoa fica.

Essas substâncias mexem com a atividade de duas regiões do cérebro, associadas à resposta emocional, o hipotálamo e a amígdala.

Talvez as pesquisas apontem mais para a mulher como mais suscetível a essa doença, porque nós mulheres comprovadamente vamos mais ao médico, e nos abrimos com mais facilidade, expomos mais nossas frustrações.

Para os homens a chance de suicídio por exemplo é maior, muito maior, porque são depressivos, tem a doença, mas não procuram ajuda. Foram criados sob a ótica de uma cultura que homem não chora. Que homem tem que ser sempre forte, firme. Então eles tem uma dificuldade enorme em relatar, em expor suas mazelas, suas frustrações.

Mas se os homens correm essa mesma estrada que nós, porque então para cada homem abatido pela doença, há duas mulheres na mesma situação?

Estudiosos do assunto afirmam, que a depressão afeta, homens e mulheres em proporções e maneiras diferentes. Talvez a resposta seja mesmo o emocional.

Por sermos mulheres temos a vantagem de usarmos mais do nosso emocional. Mas esse mesmo emocional também pode desencadear pontos negativos e drásticos para nossa vida, e nos levar sim ao fundo do posso. Esse sim seria um fator que eu diria de força contundente para nos levar a um grau depressivo preocupante.

Será que as mudanças que ocorreram em nossas vidas, deveriam também ocorrer também em nossa essência?

Será que deveríamos para nosso bem agirmos mais com a razão e não sermos tão emotivas, sentimentais?

Mas aí eu me pergunto...Em meio a tantas mudanças não perderemos o que nos é de mais belo, de melhor e mais saudável?

Será que não sairíamos desse ranking se nos voltassemos mais para nossa essência feminina?

Não ser escrava, pisada, humilhada, usada, enganada, nada disso...

Ser cordata, valorisada, respeitada, amada...

A depressão se instala talvez pela solidão. Uma mulher perdida em sua feminilidade, em sua alma maternal.

Houveram banalizações quanto ao querer viver sendo mulher.

Tristeza?

Não...não somos tristes por natureza, contrário. Mas, uma mulher sendo um milhão de faces, sem ser a sua verdadeira face, sendo tudo e dominando tudo perdendo-se em si mesma torna-se triste.

A banalização da mulher como complemento vital para a perpetuação da espécie humanae degradante.

Nós mulheres temos que lutar para alcançar a nossa liberdade de Ser Mulher, tão somente Mulher, sem ocupar espaços que não são nossos, tarefas que não são nossas, vidas corridas e vazias de tudo.

Deus nos criou assim, para completarmos nossa metade. Em toda mulher há uma metade masculina e em todo homem há, uma metade feminina. E a depressão vem dessa metade do emocional de cada um, que esta entrando em falência.