SARKOZY NÃO MORRAS DE INVEJA DO BRASIL.

Não morras. Como se fosse possível morrer mais de uma vez. Mas esta é a real situação do presidente francês em relação às Comodities advindas do agronegócio brasileiro.

Força uma situação de apelo sentimental, ao tentar controlar os preços dos alimentos, em relação aos países que os produzem.

Quem é a França afinal, para tentar intervir ou tentar forçar junto a OMC ou a UE, uma ação conjunta para que os preços dos alimentos produzidos em outros países, passem a ser controlados, pelos países importadores, com a descarada intenção de usar os artifícios, que países pobres não terão condições de adquirir alimentos baratos, sabendo que a França é um dos paises que mais subsidia os agricultores, para poder manterem em baixa os preços dos alimentos e evitar o êxodo rural.

No evento – Ano da França no Brasil – invencionice do ex-metalúrgico presidente do Brasil, ficou evidente que já tínhamos caído na arapuca, promovidas pelos franceses, quando literalmente disseram: “L’Année de la France au Brésil promeut le débat sur la production d’aliments versus celle d’agrocarburants avec le séminaire international « Sécurité Alimentaire et Sécurité Énergétique : Stratégies d’Expansion de la Production d’Aliments et d’Agrocarburants en Europe et au Brésil ».

E o que chamou a atenção para este evento foi que a Embrapa e o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, não participaram diretamente das discussões.

Mas isto são coisas do passado.

O mandatário francês, morre de inveja do Brasil. E isto é atávico. Os franceses desde 1555 tentam se instalar no Brasil e não conseguem. Todas as tentativas de dominar as terras brasileiras deram em nada. Foram escorraçados. Literalmente.

Mas as pretensões dos gauleses não pararam desde então.

Sempre sonharam com -La domination française en terre brésilienne- e ante a impossibilidade de tal vir a se realizar tentam influenciar de forma indireta nos destinos da pátria verde amarela (vai ser ufanista lá longe).

As posições francesas são altamente preocupantes, ante o protecionismo relacionado com a produção de alimentos. Subsidiam a agropecuária de forma deslavada.

A hipocrisia francesa em relação ao Brasil é tão deslavada como se pode notar nesta declaração: “O governo francês ainda quer a criação de um novo selo na Europa que garanta que o etanol importado não foi produzido em terras que teriam de ser usadas para alimentos. Os franceses insistem que é essa produção de matéria-prima para o etanol, como milho ou cana, que estaria provocando a alta nos preços dos alimentos. A tese é de que produtores de alimentos e de etanol estariam concorrendo pelas mesmas terras”(.Michel Barnier, ministro da Agricultura da França).

Mas os franceses esquecem de um pequeno detalhe. O Brasil produz cana de açúcar o qual tem entre outras finalidades a produção de etanol, há mais de 35 anos.

Deixemos de lado o mau humor francês em relação ao Brasil.

Eles ainda não digeriram a não aprovação da compra dos aviões Rafale, fabricado pela Dassault, como não entenderam a não confirmação da compra de 50 helicópteros de transporte franceses EC-725. Se bem que a venda do porta-aviões Foch, para o Brasil é um tanto controversa. E ainda sobra mais um pouco para que o mandatário francês morra de inveja. O avião KC- 390, com capacidade para transportar 19 toneladas, inclusive veículos militares, e com um mercado futuro estimado em US$ 20 bilhões, não recebeu das autoridades brasileira, a menor sinalização de parceria com a França.

Ainda no mote do esquecimento francês (favorável) existe uma situação um tanto controversa. “custo total do programa, a partir de 2008, é de cerca de € 39,6 bilhões de euros, que se traduz em uma unidade de custo do programa de cerca de € 138.5 milhões de euros. O preço unitário flyaway a partir de 2008 é de € 64 milhões de euros para a versão C (Força Aérea), e € 70 milhões de euros para a versão da Marinha. O Rafale foi desenvolvido para ser um sucesso de vendas no mercado internacional, entretanto, ele vem sendo empregado somente França. Neste sentido, seu elevado preço e a concorrência de aviões considerados mais capazes, como o Eurofighter Typhoon, Boeing F/A-18E/F Super Hornet e SAAB Gripen, tem mantido esse avião distante de outras forças aéreas, além da francesa

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Dassault_Rafale

Portanto por estas e outras situações que de forma indireta pressionam o Brasil, a aqïesência na compra dos Rafale, o presidente Zarkozy não irá se conformar com o futuro produtivo do Brasil no setor do agronegócio.

Em artigo publicado pelo site ICONE de autoria do Dr. André Meloni Nassar, nos próximos 30anos a situação se configurará da seguinte forma:

1. Organização Mundial para Agricultura e Alimentos (FAO), até 2030 o mundo precisará, para atender à demanda, produzir mais 34% de carne bovina, 47% de carne suína, 55% de carne de frango, 59% de açúcar, 19% de arroz, 29% de milho e 49% de soja, em relação ao que produz hoje.

2. Assumindo que o Brasil continuará ganhando participação de mercado como fornecedor, nosso crescimento será de 49% na carne bovina, 48% na carne suína, 77% na carne de frango, 65% no açúcar, 16% no arroz, 83% no milho e 98% na soja, comparando a produção de hoje com a projetada para 2030.

3. Até 2030 o Brasil deverá exportar mais 81% de carne bovina, 56% de carne suína, 122% de carne de frango, 66% de açúcar, 15% de arroz, 108% de milho e 140% de soja, em relação ao que exporta hoje.

4. A preços constantes de 2009, a receita de exportação com esses produtos chegará, em 2030, à casa dos US$ 65 bilhões (mais do que o dobro de hoje). Em 2030, portanto, o Brasil deverá ser do tamanho dos EUA no mercado internacional de produtos do agro. Todo esse crescimento de exportações, é preciso que se diga, ocorrerá sem canibalizar o mercado doméstico brasileiro.

E a França como ficará? Mas não será necessário esperar 30 anos para darmos um chega prá-lá nas pretensões do esposo da atriz Carla Bruni. O Brasil deverá bater mais um recorde de produção na safra 2010/2011. Estaremos partindo para uma nova política produtiva, deixando de lado o extrativismo e encarando de uma vez por todas, sistemas produtivos de alta tecnologia e sem agressão ao Meio Ambiente.

Novas matrizes energéticas estarão sendo colocadas à disposição dos consumidores brasileiros.

Temos ainda centenas de milhares de hectares com pastagens degradadas, que podem ser incorporadas no Sistema Lavoura – Pecuária, para a produção de grãos e com isso aumentarmos as nossas produções em torno de 30%, sem abrir ou derrubar um hectare sequer.

E a França? Haverá de concordar com Amartya Sen: “Jamais uma democracia funcional sofreu com fome nos tempos modernos”

Infelizmente nós brasileiros já experimentamos cenas tristes em relação à fome.

Nas secas de 1915 e 1932, foram criados campos de concentração no Ceará.

O objetivo destes campos, era impedir que retirantes que migravam do interior, fugindo da seca e da fome, chegassem às grandes cidades. Estes locais de confinamento passaram a ser conhecidos como currais. (Fonte de consulta: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carestia).

Deste mal o Presidente Sarkozy não irá morrer de inveja do Brasil.

ROMÃO MIRANDA VIDAL
Enviado por ROMÃO MIRANDA VIDAL em 21/03/2011
Código do texto: T2862181