DE QUE SERVE O CÉU AZUL E O SOL SEMPRE A BRILHAR...
 

É o que acontece, você vai dormir abraçada com Kant e sua trilogia crítica: Razão Pura, Razão Prática e Razão do Juízo, ai você sonha e acorda que nem ele, se estranhando, cheia de questionamentos, enrolada nas veias filosóficas, no criticismo transcendental,. nos pressupostos da “razão” da “verdade” e do “sentimento” e haja indagações envolvendo a conduta humana, ou melhor, o valor dessa ação : que é que eu posso conhecer? O que é dado ao homem certificar-se da verdade das ciências e dos poderes e limites do entendimento e da razão? Que devo eu fazer? Como devo comportar-me como homem? Qual a finalidade da natureza? Qual o destino das coisas e qual o destino do homem? Enfim, qual o sentido último do Universo e da Existência humana?

E se é levantado a questão da conduta humana ou o valor dessa conduta, já entramos na Ética, entendida como doutrina do valor do bem e da conduta humana que o visa realizar. E aonde isso vai parar? Na Axiologia ou Teoria dos Valores, que por sua vez esclarece que o ato de conhecer já implica o problema do valor daquilo que se conhece.


Enfim, chegamos ao homem, que seguindo os ensinamentos de Miguel Reale é guiado em sua existência pelo primado de determinado valor, pela supremacia de um foco de estimativa de sentido à sua    concepção de vida. E exemplifica: para uns, o belo confere significado a tudo quanto existe, de maneira que um poeta ou um escultor, por exemplo, possui uma concepção estética da existência, enquanto que um outro se subordina a uma concepção ética, e outros ainda são levados a viver segundo uma concepção utilitária e econômica à qual rigidamente se subordinam.


E tudo isso para se chegar à conclusão de que ao formularmos perguntas sobre a “ coisa em si”  ou o absoluto, damos com os burros n’água: por ser impossível alcançar respostas dotadas de certeza.


Ai, ai... Depois deste suspiro esqueço tudo e vou”filosofar” ouvindo   Billie Holiday em “Don’t Explain” para cair nos braços do rei e indagar: de que serve o céu azul e o sol sempre a brilhar...            

 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 30/03/2011
Reeditado em 30/03/2011
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