Memórias Vivas

Cheguei agitada, nervosa, com o coração aos pulos.

Estava ansiosa para escrever as minhas memórias.

Memórias vivas, nada póstumas.

Memórias de dias quentes de chuva, memórias de sorrisos e de cheiros.

Memórias das novidades de hoje (talvez meu singelo e extenso nome saia do anonimato).

Memórias de beijos.

Beijos criminosos, talvez como aquele que entregou Jesus Cristo, que não podiam acontecer, mas não podiam ser evitados.

Memórias de palavras novas que me rondaram a mente.

O que seria, mesmo, pandemônio?

Memórias de livros que li (Histórias de um professor de história), memórias de livros que gostaria de ler (Hunm... O Movimento Comunista).

Memórias de travessuras.

A tentativa de fuga do colégio.

Memórias de elogios que ficaram no ar.

Quem mesmo havia dito sobre meu rosto?

Memórias de rostos belos: Robsons, Rodrigos, Pedros, Leonardos, Hugos... e Eduardos.

Memórias de um lindo garoto que conheci e que, talvez, nunca voltaria a ver.

Memórias de sonhos, mesmo os de acordada.

Memórias de paixões, de cartas, bilhetes de amor...

Mas que não sejam apenas memórias.

E não são!

São fatos vivos em minhas lembranças.

Fatos que vivi e ainda viverei.

São minhas memórias escritas.

Memórias vivas e infindas.

Amor,

Laís Mendes

Laís Mendes
Enviado por Laís Mendes em 11/11/2006
Código do texto: T288063