Estou falando com você!
Quero falar com você, olhando diretamente nos seus olhos.
Esta foto é minha mesmo!Desta vez é verdade, pode acreditar.
Se você que estiver lendo esta crônica e gostar de ter atitudes semelhantes a esta que vou narrar, por favor, nos “dá um tempo” de seus “arroubos”, não precisamos saber que você está apaixonado (a), a ponto de acintosamente nos faltar com respeito por sua falta de compostura ou demonstração de desafio e verdadeiro abuso aos bons costumes e até mesmo falta de classe, de pudor.
Tudo bem que pudor hoje é objeto de luxo, mas pelo amor de Deus nos poupe de ver suas babas e línguas dando voltas na boca de outra pessoa...  Chega a dar nojo!
Vá desafiar a vida, ou qualquer outra coisa, mas não a paciência dos outros ou qualquer dia vai acabar levando uma “invertida” de alguém que não esteja muito disposto a ser vítima de sua falta de “desconfiômetro”.
Para tudo existe meio termo, o que extrapola uma hora paga o preço, lembre-se disso.
Um casal que parecia serem pais de um casal de namorados, e uma senhora que devia ser a avó de um deles, estavam na fila do cinema para comprar ingressos.
O rapaz com o braço em volta da cintura da moça, dava-lhe beijinhos no rosto, num belo gesto de carinho entre namorados. Tudo bem...
De repente as caricias foram ficando cada vez mais atrevidas, abraçados, simplesmente se beijavam escandalosamente, como se estivessem num quarto de motel...
Os pais e a avó não sabiam o que fazer nem o que dizer, constrangidos e morrendo de vergonha por participarem daquela cena totalmente fora de hora e lugar...
Mas coniventes nada disseram, não deviam ser coniventes mas sim ter  interrompido aquela apresentação de mau gosto.
É não se faz mais pais como antigamente, hoje eles têm medo dos filhos!
Uma mulher passou levando uma menina pequena pela mão, ao ver o “show” praticamente arrastou a criança, que foi olhando para trás curiosa...
E os dois “cara de pau” só pararam quando se cansaram, e para olhar em volta para ver quantas pessoas presenciaram sua falta de decoro(esta palavra ainda existe?) e quantos conseguiram afrontar ou chocar.
Fiquei olhando bem firme na cara deles, e muito séria demonstrei meu desagrado, meus olhos mandaram uma mensagem de desaprovação que valeu por mais de mil palavras.
Eles entenderam a mensagem na hora, tanto que sem jeito desviaram o olhar...
Sei que não adianta nada, aposto que continuarão a provocar outras platéias com seus shows de insegurança...
Mas por favor  me poupe...
 
 
M.H.P.M.