Bolo, só o da vó!

A cozinha cheira a bolo assando. Poucas coisas nesse mundo são melhores do que isso. Melhor ou parecido é abraço de mãe, banho de cachoeira, cheirinho de neném. Penso então: O mundo pode parar!

Numa prateleira de supermercado estão as embalagens de bolos industrializado, bonitas, coloridas, convidativas, mas é “fake”! Uma mistura química que vira bolo. Há ali a eficiência do que o dinheiro pode criar.

Porém, onde está a mão da mãe a misturar os ingredientes? Onde está a travessa de massa crua para alguém lamber?

Que fique para o capitalismo a eficiência na construção de moradias, indústrias, estradas. Há aonde ele seja bom e necessário.

Contudo, deixe para as mãos de mães, pais, avós, avôs talvez não tão eficientes, mas sempre amorosas, a feitura de nossos bolos.

Pode parecer saudosismo, todavia, na verdade, é só o desejo de cada coisa em seu lugar.

Quando se perde tempo para confeccionar um bolo, o ditado muda:

Tempo não é dinheiro.