COFRINHOS E AMIZADE

Eu tive vários cofrinhos de caderneta de poupança. Latinhas coloridas mais ou menos do tamanho das latas de refrigerantes atuais. Se você tiver mais de 40 anos sabe de que cofrinhos estou falando.

Era legal ver a máquina caça níqueis separando as moedas. Como era legal também usar faca para caçar moedas do cofrinho sem precisar destruir a latinha. A maioria dos cofrinhos era de papelão.

Cacei muitas moedas com faca na fenda do cofrinho nos tempos de estiagem quando as vaquinha ficavam magrinhas magrinhas. “O tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindus não continua numa boa”. Pena eu não ter guardado nenhum cofrinho.

Não fiz fortuna com os cofrinhos, mas faria tudo outra vez só pelo enganoso prazer de sentir o peso dos cofrinhos cheios de moedas. Ainda bem que a moda dos cofrinhos acabou. Precisamos de moedas circulando, não enclausuradas em cofrinhos. O comércio precisa daquele um centavo para fazer troco ao invés de caixa dois.

Minhas poupanças não são mais feitas a partir de cofrinhos. As de dinheirinhos vão direto ao caixa, as de amigos e inimigos são feitas no dia a dia. As poupanças de amizades têm grande rentabilidade. Mesmo que sejam amizades virtuais.

Hoje 16 de abril seis meses de Recanto das Letras. Entre erros e acertos no que tenho escrito fiz amigos, amigas, inimigos e inimigas. Magoei e decepcionei pessoas. Encontrei no Recanto amor, ódio, maldade, tudo que encontramos fora do Recanto.

Não vou pedir desculpas pelas minhas opiniões. Escrevo e opino meus pensamentos, minhas opiniões e crenças são o todo de mim. Pedir desculpas seria negar a mim mesmo.

Meu agradecimento franco, sincero, a todos vocês que honram meus escritos com suas leituras e comentários. Meu ego e vaidade estão insuportáveis. Nem eu estou me suportando. Sou muito grato a todos vocês. Espero saber manter e ser merecedor do carinho de todos. Escritores e não escritores do Recanto das Letras.

Também espero não ser encontrado no recanto pelos meus amigos ou parentes. Ninguém de minhas relações pessoais sabe que escrevo no Recanto. Nem minha amada filha.

Grande abraço a todos vocês.




 
Yamãnu_1
Enviado por Yamãnu_1 em 16/04/2011
Reeditado em 06/10/2011
Código do texto: T2912881
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