RISCOS...

Bem diz o ditado: quem não arrisca não petisca...

Conheço alguém que é a insegurança em pessoa, alguém com um enorme complexo de inferioridade.

No entanto é uma pessoa bonita, tem inúmeros predicados, só que em várias situações da vida desperdiçou oportunidades de crescimento e hoje vive a braços com muitas dificuldades e até agora não perdeu a mania de achar que isto ou aquilo não vai dar certo; que isto ou aquilo não vale a pena, que é melhor esperar... Enfim, melhorou em alguns quesitos, porém continua insegura e parece que não tem jeito...

A propósito disso, ouvi alguém narrar algo, mais ou menos assim:

Conta-se que duas sementes descansavam lado a lado no solo fértil da primavera.

Disse a primeira semente:

- Eu quero crescer! Quero enviar minhas raízes às profundezas do solo e fazer meus brotos rasgarem a superfície da terra... Quero abrir meus botões como bandeiras anunciando a chegada da primavera...

- Quero sentir o calor do sol em mim e a benção do orvalho da manhã em minhas pétalas!

E foi assim que ela cresceu.

A segunda semente dissera:

- Tenho medo! Se eu enviar minhas raízes às profundezas, não sei o que encontrarei na escuridão. Se rasgar a superfície dura, posso danificar meus brotos... E se eu deixar que meus botões se abram e um caracol tentar comê-los? E se abrir minhas flores e uma criança tentar arrancar do chão? Não é muito melhor esperar até que me sinta segura?!

E assim ela esperou.

Uma galinha ciscando o solo de primavera recente à procura de comida encontrou-a e rapidamente, sem a menor cerimônia, comeu a semente à espera de segurança...

MORAL DA HISTÓRIA: Os que se recusam a correr riscos e crescer são engolidos pela voragem do progresso...

Tudo isso está mais ou menos embasado na Parábola dos Talentos que Jesus contou quando esteve entre nós:

“O Pai age como um Senhor que, tendo de fazer longa viagem, chamou seus três servos e entregou cinco talentos a um, três talentos a outro e apenas um ao terceiro e se foi. O servo que recebeu cinco talentos foi-se e negociou com eles e ganhou outros cinco. O que recebera três, da mesma forma, ganhou outros três. Mas o servo que recebera um talento o enterrou e aguardou a volta do seu Senhor. Este ao retornar, chamou seus servos às contas. Disse o que recebera cinco talentos: ‘Senhor, entregaste-me cinco talentos, eu negociei e ganhei outros cinco, toma, aqui tens o que é teu’. O Senhor disse: ‘servo diligente, como foste fiel nas pequenas coisas dar-te-ei a intendência das grandes... ’ A seguir, o servo que recebera três talentos, da mesma forma entregou-os multiplicados e o senhor lhe elogiou. Quando chegou a vez do terceiro servo, que recebera apenas um talento vem e tenta se explicar: ‘Senhor, como sei que és um homem severo, que ceifa onde não semeaste e como tive medo de ti, enterrei o talento que me confiastes, toma, devolvo-o da mesma forma’. O senhor, então, disse: ‘servidor mau e preguiçoso, se sabias que sou homem enérgico, que colho onde semeei, devia ter posto meu talento nas mãos dos banqueiros para que ao retornar eu o tivesse de volta multiplicado’. Disse aos servos, tirem-lhe o talento e dêem ao que tem dez, e seja este servidor mau e preguiçoso lançado às trevas exteriores onde haverá prantos e ranger de dentes”.

A lição para se multiplicar nossos talentos é bastante significativa e precisa ser meditada pois, nunca devemos nunca fazer como o mau servo da parábola e nem como esta pessoa que citei no início e muito menos como a semente que achou melhor esperar...

Toda obra de elevação traz seus riscos, exige empenho, dedicação pois, há muitos espinhos nos caminhos do mundo que nos levam à evolução em todos os seus aspectos...

PEDRO CAMPOS
Enviado por PEDRO CAMPOS em 19/04/2011
Reeditado em 16/10/2012
Código do texto: T2917784
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