Pequeno ensaio sobre ter e ser

É de novo sobre a divisão do tempo. E é também sobre erros e acertos. E sobre as frustrações. É sobre vida.

Mas é diferente desta vez. Porque diferente é tudo o que ocupa um novo lugar.

- Intelectualóide, ela disse. Não lembro bem em que contexto. Melhor, lembro sim, lembro bem, mas a palavra permanece sombreando o núcleo duro das convicções. Seu sentido é intuído, sua nitidez, evidente, sua repercussao, ruim.

Há mal essencial no mau escritor? Há, além da frustração exagerada pela falta de bons leitores, problema no tentar? No despir-se de autocrítica - ou olhá-la de soslaio, com irrefreável indiferença. Coragem - para juntar as tais palavras que geram o contexto perseguido pela mente ávida em comunicar?

Há mal essencial, ou mesmo algum mal, no mau leitor? Deve haver vergonha na leitura franca, desmoldada? Ainda que anunciada orgulhosamente?

Pois hoje quero escrever sem acento; e sem sal. E quero errar na pontuacao. Quero escrever ao vento e quero acha meu lugar comum, ainda que raro.

E quero manter as falhas, porque elas me humanizam, e denixar de tod, e deixar de consertar os moldes, porque eles nao me interessam.

Quero ler mais livros. E pedir mais desculpas. Mas principalmente pelos erros que ainda cometerei. E da literatura, quero apenas a existencia, a troca, o troco.

Porque dou mais que tiro. Porque credulidade, para ela, eh maisqueinspiracao. E porque inspiracao eh algo que se perde no meio dos dedos, acadaminutodecadahorafracionadapelotempodenossascon

viccoes