Crônica de uma vida.

ai a Crônica de uma vida.

Existia um mundo que as noites, vestiam-se de jeans tênis e jaqueta de veludo, enquanto caminhava dormião Elvis e Jagger, que das ruas em palcos ouviam do silencio dos olhos meus, poesia em meio uma felicidade que cantava certa juventude só minha, tão infinita quanto à do senhor Vinícius. E a pele rosada, macia tremia suspirando quente das danças com as menininhas, embaladas pelas vitrolas que fendia perfumada madrugada das casas de amigos. O tempo? O tempo sorria o tempo não existia só beleza dos rostos inchados pela puberdade, nos coloridos e úmidos sonhos que vivíamos entre abraços e eventuais grandes beijos.

O que havia no lugar eram os ciúmes, que da grande ampulheta escorriam das escolas professores, dos quartéis soldados, das estrelas o amanhecer e de todos finais de semanas as segundas. Mas o Rock se ouvia todo dia a semana inteira, enquanto as “Manchetes” levavam para o mar da política “aqueles quem que por ultimo sorria”.

E hoje vejo existir o tempo sem o mundo que eu vivia, a barba e a rude luta, esta sim deu lugar a crianças envelhecidas carcomida pela ampulheta, gerando um satélite de embriagados ex-enamorados pela vida, já esquecidos da velha e boa poesia. Onde grita Jagger auto com Rollign Stones nos palcos, e do jamais esquecido Elvis que nunca morreu o Rock de um mundo de jeans que você já ouviu falar, mas veste e vai pelas ruas com saudades de uma vida que não viveu, de um mundo que com certeza não é o teu.

Kiko Pardini